Secretário Wantuir Jacini (segurança) disse que a corporação militar vai priorizar rondas nas regiões dos postos; prefeito pediu efetivo após pacientes agredirem servidores na Vila Almeida, ele argumenta que a falta de segurança dificulta a contratação de médicos

A PM (Polícia Militar) não tem efetivo para manter 32 policiais militares nas duas Unidades de Pronto Atendimento (posto/hospital) na Vila Almeida e Coronel Antonino, segundo o secretário de Estado Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini.

Nesta manhã, o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB) esteve no gabinete de Jacini acompanhado do secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A pauta foi o pedido de instalação imediata de posto policial nas duas unidades, como prevê as regras do Ministério da Saúde.

Problemas que envolvem pacientes nervosos pela morosidade no atendimento e o medo sentido pelas equipes médicas sobrecarregadas diante da situação motivaram as autoridades a finalmente buscar uma saída efetiva para o impasse.

Técnico, Jacini, que é policial federal, explicou que cada plantão médico exigiria a presença de 16 PMs em cada unidade. “Agora, não temos condições de prometer. Construíram o posto com o espaço para o policiamento, mas não comunicaram a Sejusp”, disse no final da reunião.

O prefeito saiu e não quis comentar o resultado do encontro. Mas, o secretário municipal de Saúde explicou que o que está acontecendo atualmente é atípico e tem ainda outros ingredientes: epidemia da dengue, férias escolares, férias dos profissionais e o fato de médicos terem que prestar serviço militar.

Medidas imediatas

Para tentar amenizar o clima de estresse nos postos, Jacini propôs que os comandantes dos batalhões tenham contato direto com os gerentes das Unidades de Pronto-Atendimento e também com os responsáveis pelos nove postos 24 horas.

Em caso de problema com  a segurança, os policiais militares deverão ser acionados.

Ontem, o Midiamax foi até a Unidade do Vila Almeida, onde um policial militar estava em ronda no local. A nova atribuição parece que não soou positiva entre os PMs. “Eu não acho certo a gente ter que fazer segurança em posto de Saúde sendo que foi criada a Guarda Municipal. Já não basta a gente estar fazendo escolta para agente penitenciário?”.

Sem segurança, sem médicos

Já o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) disse hoje logo no início da reunião: “Quem iria gostar de ir trabalhar em um local sem segurança?”, questionou.

Conforme Nelsinho, a falta de segurançadificulta a contratação novos profissionais.
“Uma coisa está ligada a outra. Para pôr mais médicos, eu preciso de mais segurança”, ressaltou o prefeito.

 Colaborou Reginaldo Coelho.