Plástica não invasiva se torna a mais comum
Cirurgiões plásticos fazem hoje mais procedimentos não invasivos, como aplicações de Botox, colágeno e ácido hialurônico, que cirurgias estéticas propriamente ditas. No Brasil, foram realizadas 1,05 milhão de cirurgias plásticas em 2009. No mesmo período, os procedimentos cosméticos não cirúrgicos realizados por cirurgiões plásticos somaram 1,42 milhão. Os dados são de uma pesqu…
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Cirurgiões plásticos fazem hoje mais procedimentos não invasivos, como aplicações de Botox, colágeno e ácido hialurônico, que cirurgias estéticas propriamente ditas. No Brasil, foram realizadas 1,05 milhão de cirurgias plásticas em 2009. No mesmo período, os procedimentos cosméticos não cirúrgicos realizados por cirurgiões plásticos somaram 1,42 milhão.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês) com cirurgiões plásticos credenciados pelas sociedades de cirurgia plástica de seus países. O levantamento aponta que o Brasil é o terceiro país em número de cirurgias plásticas realizadas no mundo, atrás somente de Estados Unidos (1,3 milhão) e China (1,2 milhão).
A organização informa que não existem pesquisas anteriores para comparar os dados entre procedimentos estéticos e cirurgias, mas considera que houve “mudança dramática de cenário”. “Essa tendência é mundial e vem de alguns anos. O cirurgião plástico identificou um novo nicho, que antes era ocupado apenas por dermatologistas”, afirmou o cirurgião João Carlos Sampaio Góes, ex-presidente da Isaps e supervisor da pesquisa no Brasil.
Sampaio Góes aponta ainda outros fatores para a proliferação de procedimentos estéticos: baixo custo em relação às cirurgias e seu uso por pacientes jovens, que não precisam de grandes intervenções.
O cirurgião Wagner de Moraes confirma que tem feito mais procedimentos estéticos. “Há uma cobrança muito grande por juventude e beleza. As pessoas procuram tratamentos cada vez mais cedo. Mas a plástica ainda responde pela maior parte do faturamento da clínica.”
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sebastião Guerra, diz acreditar que o número de cirurgiões que fazem procedimentos estéticos ainda seja pequeno. “São poucos cirurgiões, mas fazem muitos procedimentos. Por isso acaba dando a diferença.” Ele também afirma que o número de plásticas pode ter sido “superestimado” pela Isaps. No último levantamento da SBCP, de 2009, a estimativa era de 629 mil cirurgias estéticas anuais no País.
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