A falta de um nome de consenso segura Ricardo Gomes no comando do São Paulo. Na reunião realizada na última quarta-feira, uma ala defendeu a demissão imediata do treinador, sob alegação de que isso daria um choque nos atletas e faria o time acordar a tempo de encarar o Internacional de igual para igual na semifinal da Taça Libertadores da América. Outra corrente, no entanto, acha arriscada tomar essa atitude às vésperas de um jogo tão importante – as equipes fazem o jogo de ida, no Beira-Rio, na próxima quarta-feira. E se a medida não surtir o efeito desejado? Quem vai assumir a responsabilidade?

Uma coisa é certa. Se for para substituir Ricardo Gomes, o São Paulo quer alguém com perfil diferente, mais enérgico, capaz de dar um choque nos jogadores que, segundo a diretoria, estão acomodados. E dentro dessa linha surgiu o nome de Dunga, que comandou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul.

Na reunião que ocorreu no camarote do presidente Juvenal Juvêncio, outros nomes foram defendidos: Adílson Batista, Vanderlei Luxemburgo, Silas e Leonardo. O primeiro, atualmente sem clube, chegou a ser procurado. O segundo não é unanimidade no Morumbi e tem multa rescisória para sair do Atlético-MG. Já os dois últimos são tidos como inexperientes para o momento atual vivido pelo clube – Silas despontou no Brasileirão do ano passado, comandando o Avaí, e atualmente vive momento delicado no Grêrmio, enquanto Leonardo tem apenas uma experiência como técnico, em 2009, no Milan, da Itália.

Mesmo sabendo que a sua situação está longe de ser segura, Ricardo Gomes não pedirá demissão. Curiosamente, no mês passado, ele recebeu duas propostas: uma do Paris Saint-Germain (FRA) e outra de um clube do Catar. Recusou ambas por achar que estava firme no comando do Tricolor Paulista.