O candidato ao Senado pela coligação “Amor, Trabalho e Fé”, Murilo Zauith (DEM), defendeu que o governo federal crie políticas agrárias voltadas ao índio, para evitar conflitos por terra no país. “Esta discussão não pode ser ideológica”, afirmou Murilo em entrevista nesta quarta-feira (25) no telejornal Bom Dia MS (TV Morena), onde falou de suas propostas para o Congresso Nacional.

Questionado pelo jornalista Ginez Cesar sobre a atração de novas empresas para o Estado, Murilo disse que pretende trabalhar pela regionalização dos investimentos. “Nosso governo fez uma opção de trocar impostos por empregos, por meio de incentivos fiscais”, afirmou.

A indicação de seu nome a uma vaga no Senado foi proposta pelo governador André Puccinelli e apontada por várias pesquisas internas da coligação, que mostravam a necessidade da região do Cone Sul de eleger um representante em Brasília.

Em relação ao Código Florestal, que tramita no Congresso, Murilo acredita que a proposta de legislação avançou muito, mas ainda precisa de discussões. A reforma tributária é outro tema que preocupa o ex-deputado federal.

Fronteira

Murilo acredita que o Senado pode contribuir para elaborar projetos de desenvolvimento regional que façam a integração entre o Brasil e os países vizinhos, em especial com a Bolívia e o Paraguai. “Precisamos dessa troca de desenvolvimento, não vamos crescer sozinhos. Não podemos ficar de costas para eles”, disse o candidato.

Para ele, o principal problema enfrentado na região de fronteira está relacionado ao contrabando de armas e entrada de drogas. “O Ministério da Defesa está aceitando colocar o Exército à disposição para patrulhamento na fronteira. Precisamos intensificar isso”, defendeu Murilo.

Outra opinião de Murilo é sobre a Zona de Alta Vigilância do gado na fronteira. Apesar da rigidez das regras, ele acredita que a ZAV precisa ser mantida: “Os produtores sofrem com a ZAV, mas penso que é seguro mantê-la. Conseguimos com muito trabalho e não podemos perder esse selo”, disse Murilo.