PAC 2 viola lei de responsabilidade fiscal, diz Cesar Maia
O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) afirmou ontem, em chat, que o PAC 2, anunciado segunda-feira pelo governo federal, viola a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para o ex-prefeito, “é mais uma tentativa de gerar entusiasmo eleitoral que um programa sério”. “Todos os investimentos dos últimos oito meses de governo ou se creditam os recursos […]
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O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) afirmou ontem, em chat, que o PAC 2, anunciado segunda-feira pelo governo federal, viola a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para o ex-prefeito, “é mais uma tentativa de gerar entusiasmo eleitoral que um programa sério”.
“Todos os investimentos dos últimos oito meses de governo ou se creditam os recursos integralmente ou não podem ser realizados. Ou termina tudo em 2010 ou precisam estar empenhados pelo valor completo, senão o valor precisa estar em caixa”, afirmou Maia, sobre o segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento.
Maia criticou os mensalões do PT, do governo federal, e do DEM, do Distrito Federal. Disse que são igualmente “ignóbeis”, mas a diferença entre os dois esteve na “reação” do DEM, em comparação com a atitude de PT.
A declaração foi feita em resposta a um interlocutor que perguntou qual era a distinção entre os dois escândalos.
“No PT todos foram promovidos os envolvidos, estão na nova direção nacional, são candidatos, deputados. No DEM, a reação foi expulsar o governador e o vice, dando oito dias para defesa, mas eles saíram antes. Retiramos todos os representantes do governo, e quem ficou saiu do governo. Nossa posição nos diferencia. Os escândalos são ignóbeis, um asco, mas as reações foram completamente diferentes”, disse.
Cesar Maia admitiu que seu último mandato como prefeito do Rio foi “abaixo das expectativas” e atribuiu isso à realização do Pan de 2007, que teria drenado recursos de outras áreas. Maia, entretanto, disse que a realização do Pan foi condição essencial para a escolha do Rio como sede para os Jogos Olímpicos de 2016.
O ex-prefeito reconheceu que o evento esportivo custou mais que o previsto inicialmente, mas justificou que isso ocorreu para a competição ter “nível olímpico”.
“Os Jogos [de 2016] não existiriam, dizem o COI [Comitê Olímpico Internacional] e o COB [Comitê Olímpico Brasileiro], sem o Pan. Realizei com enorme esforço, inclusive com sacrifício político pessoal. Ter um Pan de nível olímpico elevou o custo inicial, mas só isso garantiu que os Jogos Olímpicos de 2016 viessem para o Rio.”
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