O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) revelou hoje ter conversado com o governador André Puccinelli (PMDB) sobre a possibilidade de apoio à ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República. O prefeito que é simpático à candidatura de Dilma não deu detalhes sobre o diálogo.
“Eu acho que André sabe o que deve fazer, mais do que eu. Eu não quero aconselhar o André. Mas eu já falei para ele o que eu acho que ele deve fazer. Eu sugiro que ele pense e decida com tranquilidade”, mencionou, nesta manhã, ao deixar a escola Professor Licurgo de Oliveira Bastos, na Vila Nasser, onde entregou uniformes e kits escolares para os alunos.
Se apoiar Dilma, André conseguirá que Lula fique neutro na disputa pelo governo do Estado quando enfrentará Zeca do PT. Porém se apoiar José Serra (PSDB), Lula poderá se engajar na campanha de Zeca já que ele obviamente estará dando palanque à Dilma Rousseff.
“Se o governador Puccinelli ficar com o Serra, eu faço até caminhada para o Zeca”, teria dito o presidente aos deputados Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT). Os parlamentares acompanharam o presidente durante visita a Três Lagoas na qual industrial do complexo Fibria/International Paper.
O prefeito reafirmou ter admiração pela gestão de Lula por acreditar nas ações de seu governo. Porém, Nelsinho não quer ser uma voz dissonante no PMDB.
“Eu vou me engajar na decisão do partido não posso ser voz isolada. Eu tenho admiração por acreditar nas ações do governo Lula, mas a minha prioridade é a reeleição do André”, mencionou.
O próprio prefeito já havia revelado ao Midiamax que o presidente Lula deve chamar André para uma reunião definitiva sobre a possibilidade de apoiar Dilma.
O presidente não estaria cogitando pedir que Zeca recuasse de sua candidatura, classificada pelo petista como irreversível, mas sim convencer André a ser mais um palanque da ministra no Estado.
Se assim o fizer, André provocará outra candidatura ao governo do Estado. O PSDB deverá lançar a senadora Marisa Serrano ao governo do Estado uma vez que não quer deixar José Serra sem palanque em Mato Grosso do Sul.
