A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou neste domingo (15) que não pode se basear em notícias de jornal para eventualmente comentar acusações contra a governadora do Maranhão e candidata à reeleição, Roseana Sarney.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo aponta que a governadora e seu marido, Jorge Murad, teriam simulado, em julho de 2004, um empréstimo de R$ 4,5 milhões, em nome de uma empresa, para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. A matéria aponta que o empréstimo teria sido pago por meio de um banco suíço com a liberação de recursos do Brasil.

“É importante noticiar que nunca no Brasil se combateu tanto a lavagem de dinheiro. Antes, não tínhamos uma política sistemática (de lavagem de dinheiro). (Sobre o caso Roseana) não me baseio em matéria de jornal”, disse a petista, que visitou nesta manhã a Feira do Produtor, na colônia agrícola Vicente Pires, no Distrito Federal.

Ao comentar políticas de combate à lavagem de dinheiro, Dilma disse que, se eleita, pretende dar continuidade a parcerias como a da Polícia Federal e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) – consideradas por ela exitosas – e manter investigações “não baseadas só em escândalos”.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o dinheiro foi investido na compra de participações acionárias de dois shoppings, um no Rio de Janeiro e outro em São Luís. A operação é chamada pelo mercado de “back to back”. Roseana e Murad informaram ao jornal, por meio de seu advogado, que desconhecem a operação realizada no exterior e que a história é “fantasiosa”.