MPF acusa Arruda de inserir informações falsas em documentos

Uma nova ação penal contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), foi protocolada nesta segunda-feira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Ministério Público Federal (MPF) acusa o governador de inserir informações falsas em quatro documentos entregues à Justiça, declarando o recebimento de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais, Du…

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Uma nova ação penal contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), foi protocolada nesta segunda-feira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Ministério Público Federal (MPF) acusa o governador de inserir informações falsas em quatro documentos entregues à Justiça, declarando o recebimento de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa.

De acordo com a denúncia, os documentos não possuem data e atestam o recebimento de dinheiro para “pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, nos valores de R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$ 20 mil e R$ 20 mil, respectivamente nos anos de 2004 a 2007. Segundo o MPF, eles foram elaborados, impressos e assinados pelo governador no dia 28 de outubro de 2009, na residência oficial em Águas Claras, onde posteriormente foi encontrado o equipamento no qual se deu a impressão. Os documentos foram rubricados por Durval Barbosa, que os entregou à Polícia Federal em 30 de outubro, ocasião em que declarou não os ter doado a Arruda.

O MPF pede a condenação de Arruda por ter inserido declaração falsa diversa da que deveria ser escrita e também por falsidade ideológica. Para o MPF, os documentos tentam alterar a verdade sobre o fato apurado pelo inquérito número 650 no STJ, que trata da suposta distribuição de propina à base aliada do governo do Distrito Federal. O mensalão do DEM, como ficou conhecido o caso, seria comandado por Arruda.

Segundo o STJ, dessa nova ação penal constarão documentos, vídeos, perícias e outras peças, todas separadas do inquérito 650. Arruda está preso em Brasília desde 11 de fevereiro, acusado de interferir na investigação do mensalão.

Conteúdos relacionados