Recuperação exigiria R$ 200 milhões e entidade aponta a pecuária como problema, mas estudo descarta responsabilidade da atividade econômica

O MPE (Ministério Público Estadual) cobra uma solução para por fim à degradação da Bacia do Guariroba, que fica dentro de 36 mil hectares na região da saída para Três Lagoas. O manancial é responsável por 51% do abastecimento da água de Campo Grande.

A Promotoria do Meio Ambiente discute o problema e a implantação do programa Sisrel ( Sistema de Reserva Legal) com os representantes da Prefeitura, dos produtores rurais daquela região e membros do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Segundo Haroldo Borralho, diretor do Cedampo (Centro de Documento e Apoio aos Movimentos Populares), o problema ambiental está relacionado à pecuária. “O problema ali é a bovinocultura, que acabou com a aquela região. Necessita-se no mínimo de R$ 200 milhões para recuperar aquela área”, disse.

No local há 62 fazendas e, de acordo com estudos técnicos científicos, feitos na Bacia, custeados pela prefeitura e Águas Guariroba, não há necessidade de mudança de atividade econômica da região, segundo a promotora.

Impasse

A promotora Mara Cristiane disse ontem (23) que não foi discutida a hipótese de que a criação de um programa de recuperação da área degradada na Bacia resulte em custos aos moradores.

No próximo dia 17 de maio haverá uma reunião técnica entre o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Em outra reunião, produtores rurais discutirão a APA (Área de Proteção Ambiental) da Bacia do Guariroba.

De acordo com a promotora é importante definir regras ambientais claras para serem aplicadas no local.