Morreu aos 92 anos de idade o senador mais antigo dos Estados Unidos e que mais tempo serviu ao Congresso do país, o democrata Robert Byrd.

O senador do Estado de West Virginia morreu em um hospital em Fairfax, na Virginia, informou seu porta-voz.

Robert Byrd foi eleito para a Câmara dos Representantes em 1952 e se tornou senador sete anos mais tarde.

Sua morte não deve alterar a atual maioria democrata no Senado.

O governador de West Virginia, Joe Manchin, do Partido Democrata, deverá apontar outro integrante do partido para completar o mandato de seis anos de Byrd, que termina em 2012, informou a agência de notícias Reuters.

Crítico à guerra

A saúde de Robert Byrd era frágil havia vários anos, obrigando o senador a usar uma cadeira de rodas com frequência.

Na semana passada, ele foi internado por sofrer de exaustão provocada pelo calor e séria desidratação, mas aparentemente ele desenvolveu outros problemas de saúde nos últimos dias.

A causa de sua morte ainda não foi divulgada.

Quando jovem, Byrd participou como membro, por um curto espaço de tempo, do grupo supremacista branco Ku Klux Klan, além de se unir ao grupo dos Democratas do Sul (como eram conhecidos membros do Partido Democrata que viviam no sul do país e que seguiam uma agenda política própria) em uma tentativa frustrada para impedir a aprovação do Ato de Direitos Civis, de 1964, um marco legislatório que aboliu a segregação racial nas escolas, no trabalho e em locais públicos.

Posteriormente, ele se desculpou pelos dois atos, afirmando que a intolerância não tem lugar nos Estados Unidos.

Em seus últimos anos no Senado, Byrd tornou-se um principais defensor de direitos civis da casa.

Ele também se opôs declaradamente à Guerra do Iraque e alertou contra o possível aumento das tropas americanas no Afeganistão, sendo eleito para o nono mandato consecutivo no Senado em 2006 – um recorde entre os senadores.