Moka diz que é ‘boato’ desistência do Senado

Parlamentar afirma que sua pré-candidatura foi sacramentada nas prévias; já Nelsinho, que seria outra opção, disse que “está à disposição do PMDB”

O deputado Waldemir Moka, do PMDB, disse que mantém firme o propósito de disputar a vaga ao Senado, mesmo se o partido pedir a ele que desista da candidatura por alguma razão. Boatos indicam que a cúpula da sigla estaria interessada em lançar o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, o candidato pelo partido. “Essa pergunta me parece encomendada, improcedente, a minha candidatura é um assunto liquidado, já resolvido nas prévias”, disse o parlamentar, ao ser questionado se deixaria de lado a sua intenção política para favorecer a indicação do prefeito.

1 – A primeira-dama do município, Antonieta Trad, o apoiou nas prévias. “Ela foi ao meu escritório político manifestar sua preferência por minha candidatura”, disse.

2 – O prefeito Nelsinho Trad teria dito ao parlamentar que “essa era a vez dele [Moka]”, antes das prévias que deram vitória ao deputado. E mais: “o Nelsinho mesmo me disse que esse assunto de ele ser o candidato ao Senado, é uma página virada”.

3 – E, segundo Moka, em nenhum momento ele foi “abordado” por algum dirigente do PMDB com a proposta da desistência pela candidatura ao Senado.

“Venci as prévias com 70% dos votos, minha vitória foi consolidada e admitida por todos do partido, houve mobilização do partido, da militância, é um assunto liquidado”, disse Waldemir Moka, que derrotou na disputa dois domingos atrás o senador Valter Pereira.

Já na outra ponta, o prefeito Nelsinho Trad disse que é projeto seu o de “cumprir o mandato até o fim”. Contudo, num evento realizado na sede da Superintendência da Caixa Econômica Federal, ele informou que “está à disposição do partido”, isto é, deixando a entender que o seu desejo pode ser desmanchado caso a cúpula do PMDB o enxergue como mais forte na candidatura ao Senado.

A mulher de Nelsinho, Antonieta, é cogitada para ser a suplente de Moka. Ao menos até agora. Moka não confirmou nem negou a hipótese. “É possível, sim, mas isso depende do partido e das alianças”, disse ele. Já Antonieta comentou o caso de modo mais sucinto: “faço o que o partido definir”, disse a secretária de Assistência Social do município.