O Ministério Público Estadual quer saber porque o SOS Criança da Capital estaria deixando muitos processos sem solução conclusiva sobre crimes cometidos contra menores de idade em Campo Grande.

O Ministério Público Estadual de MS quer saber porque o SOS Criança da Capital tem deixado muitos processos sem solução conclusiva sobre crimes cometidos contra menores de idade em Campo Grande. Foi instaurado um procedimento administrativo para verificar a atuação dos profissionais do órgão.

Segundo o MPE, é grande o número de processos inconclusivos de crimes contra crianças. Após o atendimento do SOS Criança, é feito um relatório que, segundo a promotoria, geralmente não relatam se as vítimas foram ou não abusadas. Fato esse de suma importância para que sejam criminalizados os autores.

Com a suposta ineficiência do SOS, geralmente o MPE acaba recorrendo ao judiciários para solicitar nova entrevista com as vítimas, expondo novamente as crianças a procedimentos realizados por assistentes sociais e psicólogos.

Segundo o MPE, somente em Campo Grande por dia chegam de 20 a 30 processos relacionados à violência e abusos contra crianças. O procedimento administrativo está sob responsabilidade do promotor Paulo Henrique Camargo Iunes, da 46ª vara da Promotoria de Infância.

Segundo o SOS Criança, atualmente o órgão, subordinado à Setas – Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, conta com 17 funcionários entre assistentes sociais, psicólogos e atendentes. A reportagem entrou em contato para ouvir a coordenação sobre o procedimento no MPE, mas foi informada de que apenas amanhã (31) seria possível falar com os coordenadores.