Autoridades mexicanas iniciaram nesta quinta-feira o processo de autópsia nos 72 corpos dos imigrantes latino-americanos que foram vítimas de uma chacina no Estado de Tamaulipas, na região nordeste do México. Autoridades atribuem o crime ao grupo de narcotraficantes Los Zetas. Também nesta quinta-feira, soldados mexicanos vasculharam a zona rural na fronteira com o Estado americano do Texas em busca dos autores do massacre, o pior da guerra entre traficantes no país.

As vítimas tiveram olhos vendados, bocas e mãos atadas e foram colocados em fila, contra a parede de um galpão, onde foram mortos a tiros. Os investigadores trabalham com a hipótese de que eles foram assassinados por se negar a entrar no crime organizado.

A cônsul-adjunta do Brasil no México, Maria Aparecida Weiss, disse à BBC Brasil que, por enquanto, ainda não foi possível identificar se havia brasileiros entre as vítimas. “Até o momento não há confirmação de brasileiros. Estamos aguardando o final da perícia”, disse Weiss. O governo mexicano informou preliminarmente na quarta-feira que pelo menos quatro imigrantes seriam provenientes do Brasil. No entanto, as autoridades encontram dificuldade em identificar as vítimas porque muitas não possuem passaportes ou documentos de identidade.

Até o momento, os médicos forenses estariam terminando a autopsia em 28 vítimas. Segundo a cônsul-adjunta do Brasil, as autoridades mexicanas pediram o envio de reforços para auxiliar os peritos nos trabalhos de identificação dos corpos.