Um ano se passou e o desaparecimento do casal Naiara Ribeiro Lucas, 17, e Wellington Afonso dos Santos Aguerro, 14, faz parte dos inquéritos parados na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Neste caso específico, o agravante seria o medo que toma conta das testemunhas e atrapalha a elucidação do crime, admitiu hoje o delegado Elton Campos Galindo, substituto da titular Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, que está em férias.

O inquérito tem 320 páginas, cem pessoas já foram ouvidas, mas o quebra-cabeça ainda não foi montado.

“As pessoas sonegam informações, elas têm medo de contar o que sabem. Peço que elas se apresentem e nos ajudem porque temos o Programa de Proteção à Testemunhas”, explica Galindo que compara o inquérito com o Caso Dudu, como foi chamado o desaparecimento do menino Luiz Eduardo, 10, em 2007, no Jardim das Hortências.

Como havia suspeita de que o crime teria envolvimento com o tráfico, as testemunhas se calaram. No caso do sumiço do casal do Nova Lima, o delegado prefere não detalhar se há ou não essa suspeita.

No Caso Dudu foram dezesseis meses. Ele foi concluído após a polícia descobrir que entre os suspeitos tinham adolescentes e o inquérito migrou para a Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude.

O padrasto do menino junto com três adolescentes mataram o garoto na frente de vizinhos do bairro. O motivo, que consta no processo, foi acerto de contas do tráfico. Mas, a polícia informou na época que o menino foi vítima de revolta do ex-marido da mãe, que após três anos de separação resolveu puni-la.

Quem tiver alguma pista sobre o sumiço dos jovens Naiara e Wellington pode telefonar para a polícia no número 3385 3456.