A médica Sarita Fernandes Pereira presa na manhã deste sábado (14) no Rio, e um falso médico, que é estudante de medicina, vão responder por cinco crimes.

A mulher teria contratado o falso profissional que atendeu uma menina que foi liberada ainda desacordada. A criança Joanna Cardoso Marcenal Marins estava internada em coma desde o dia 19 de julho e  morreu na sexta-feira (13). A polícia também investiga se a menina foi vítima de maus-tratos.

O inquérito que investiga a atuação do falso médico será encaminhado à Justiça na semana que vem. A médica e o estudante de medicina, que também teve a prisão temporária decretada e é considerado foragido, foram indiciados por falsidade ideológica, falsidade material, tráfico de drogas, porque o estudante teria aplicado um anticonvulsivo na menina, associação para o tráfico e exercício ilegal da medicina agravado pela fato de Joanna ter morrido.

Na delegacia, a médica negou as acusações: “Eu acredito na Justiça, eu acredito na minha advogada, e sei que tudo isso vai acabar bem”, disse ela.

A médica foi presa por policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) por volta de 6h deste sábado na casa dela em um condomínio em Jacarepaguá, na Zona Oeste. O delegado Luiz Henrique Marques, da Dcav, informou que ela não deve prestar novo depoimento. Ela será encaminha para o presídio Bangu 8, na Zona Oeste do Rio.

“Segundo depoimento do falso médico, ela é a grande responsável por todo o fato, ela o contratou, ela entregou um carimbo já com CRM falsificado e ela era coordenadora de todo o esquema”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, com a necrópsia da menina, o laudo definitivo do IML vai poder esclarecer as causas do coma, das convulsões, e informar desde quando a menina tinha uma mancha nas nádegas que pode estar relacionada a alguma queimadura.

A mãe da menina disse que não vai descansar enquanto não punir os culpados pela morte da filha.

“O que eu sei é que eu entreguei minha filha boa no dia 27 de maio para o pai dela, andando, com roupinha com tudo para poder ir pra casa e hoje eu vou enterrar minha filha, quer dizer alguma coisa conteceu, preciso que alguém descubra o que aconteceu, me fale o que houve porque a gente até agora não tem resposta para essas coisas”, desababou Cristiane Marcenal Ferraz.

A produção do RJTV entrou em contato com o pai de Joanna, André Rodrigues Marins, mas ele não quis falar sobre o assunto.

Desde o nascimento da menina, os pais brigaram na Justiça para ficar com a filha. O pai estava com a guarda da criança desde maio deste ano. Eles trocam acusações do que teria provocado as manchas em Joanna.