A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, lamentou nesta sexta-feira (6), em São Paulo, que o primeiro debate entre os candidatos tenha sido polarizado entre os adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Para ela, “ficou claro” o quadro de oposição e situação e a indisponibilidade para o diálogo.

– Na prática, o que ficou claro ali foi o confronto.

Marina afirmou que, para as redes sociais, ela foi a vencedora do primeiro debate porque o telespectador pôde ver “que ali tinha alguém que queria, sinceramente, debater”.

No entanto, Marina reconheceu que teve poucas oportunidades de se expor por causa da polarização, mas que a cabe à sociedade “quebrar” essa concentração no debate.

– A sociedade vai quebrar essa polarização.

A candidata lamentou as ironias do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, que a chamou “eco-capitalista” e de “Pollyana”, personagem do livro homônimo da autora Eleanor Porter, que conta a história da menina que, aos 11 anos, é capaz de ficar infeliz até nos piores momentos.

A candidata disse que cumpriu o papel de respeitar o eleitor durante o debate e classificou a atitude de Plínio como tentativa de rotular os candidatos.

– Isso não me atinge. Não me preocupo com rótulos e sim com o mérito das questões.

A candidata negou que estivesse nervosa no primeiro debate eleitoral nacional do qual participou.

– Estava serena, tranquila, olhando para as pessoas como pessoas e não como adversária que tinha de destruir para sair com vencedora.

Questionada, Marina evitou julgar o desempenho dos adversários.

Vice

O candidato a vice-presidente na chapa, Guilherme Leal (PV), elogiou o desempenho de Marina e admitiu que houve “tensão” entre os coordenadores da campanha verde antes do programa.

– Antes tinha o nervosismo mesmo, é natural. Foi um alívio senti-la [Marina] bem. Ela estava muito bem. […] Não tenho dúvida de que essa experiência só aumenta a confiança dela nela mesmo.

Marina participou hoje de um evento de assinatura de termo de compromisso com o Pacto pela Juventude, documento produzido pelo Conselho Nacional de Juventude, em que apresenta propostas de políticas públicas para essa faixa da sociedade.