Lula volta a atacar “elite incompetente”, e alerta adversários de que ter raiva “dá azia”

O presidente Lula, durante a solenidade de sanção do Estatuto da Igualdade Racial, reassumiu o tom duramente crítico ao que classificou de “elite incompetente”. Segundo Lula, é “gente que não se contenta com os privilégios que tem e que gostaria de impedir benefícios para os mais pobres”. Deixe seu comentário no blog da Christina LemosNo início […]

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O presidente Lula, durante a solenidade de sanção do Estatuto da Igualdade Racial, reassumiu o tom duramente crítico ao que classificou de “elite incompetente”. Segundo Lula, é “gente que não se contenta com os privilégios que tem e que gostaria de impedir benefícios para os mais pobres”. 

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No início da campanha eleitoral, o presidente e o PT foram acusados pelo adversário tucano, José Serra, de instigar a divisão social e opor ricos e pobres. Em abril, Serra apresentou-se como o candidato que governaria para todos:

– De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres. (…) É deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil.

Nem o governo, nem o PT vestiram a carapuça oferecida pelo tucano. No entanto, no discurso desta terça, Lula, que falava diante de reitores presentes na plateia, o presidente investiu contra a elite

– A ignorância deste pais era tão grande , a elite era tão incompetente, que nunca recebeu reitores. O único presidente que os recebeu todos os anos foi este aqui, que só tem o quarto ano primário [de estudo]”, declarou, referindo-se a si próprio. 

E relatou um diálogo com uma eleitora, que lhe perguntou: “Lula, você já cuidou muito dos pobres, quando é que vai lembrar da classe média?” “Eu lembro tanto que levei 31 milhões para a classe média” – respondeu Lula, segundo seu próprio relato. 

Noutro trecho do discurso, ainda referindo-se a adversários, contou que aprendeu uma lição com a idade:

-Tem uma coisa que a só se aprende aos 64 anos. Aprendi a não ter raiva de quem tem raiva de mim. Se a gente fica com raiva, a gente está dando uma vitória para eles. Eles querem que a gente fique com azia, gastrite…

O presidente encerrou o raciocínio fazendo uma recomendação

– Pode tratar de gostar de mim, que vai fazer bem

A declaração ocorre no momento em que a troca de ataques entre adversários tucanos e petistas atingiu seu ápice nesta campanha eleitoral .

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