Em março deste ano, a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Célia Maria de Oliveira, afirmou que a implantação da UFPAN é perfeitamente possível e lembrou que é preciso “preparar o Campus, com estrutura física; de equipamentos; melhores laboratórios; cursos de graduação; de pós-graduação e criação de um doutorado aqui. Precisamos fortalecer o que nós temos aqui; aumentar infraestrutura física do campus do Pantanal”.

Hoje, além do prédio localizado na avenida Rio Branco, o Campus do Pantanal conta com a unidade denominada Eubéa Senna, na rua Poconé, bem como o anfiteatro Salomão Baruki. Na última sexta-feira, dia 16, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a doação do prédio da antiga Alfândega em Corumbá para a UFMS. Para as obras neste prédio, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) anunciou a disponibilidade de recursos de R$ 5 milhões, verbas destinadas pelo PAC das Cidades Históricas, que substituiu o programa Monumenta. No local, a Universidade Federal vai instalar uma extensão do Campus do Pantanal. As famílias que hoje vivem no prédio – 15 no total – devem ser transferidas para moradias que estão sendo construídas pela Prefeitura de Corumbá com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A implantação da UFPAN implicará na contratação de 495 professores, profissionais que irão atender tanto os vinte novos cursos como suprir o déficit dos treze cursos já existentes. Quanto à contratação de técnicos administrativos, o número proposto é de 830 funcionários.

A reitora da UFMS, Célia Maria, destacou que a criação da Universidade autônoma vai permitir a fixação de professores na instituição. “Não conseguimos fixar professores doutores com qualidade. Utilizam Corumbá como trampolim, fazem concurso e no outro ano já querem ir para Campo Grande. Com a Universidade Federal do Pantanal isso não vai mais acontecer”, disse.

Com relação aos cursos de pós-graduação, a proposta trazida pelo projeto da UFPAN prevê a implantação de oito cursos, sendo cinco em nível de mestrado e três em nível de doutorado. “Isso é apenas uma proposta, pois os mestrados e doutorados dependem da aprovação do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que coloca como condição básica o quadro docente. Então, acreditamos que, na medida em que formos contratando os professores, esses cursos, consequentemente, irão ser implantados”, explicou o diretor do Campus, Wilson Ferreira de Melo.

“Além do organograma, iremos disponibilizar futuramente o projeto na internet para que todos tenham acesso. Tivemos que reformular o projeto inicialmente feito em 2005. Tivemos informações que ele passou por 4 comissões em 2006 no MEC (Ministério da Educação). Em 2007, o projeto retornou porque houve a criação de mais uma classe na carreira de professor superior e assim tivemos que adequá-lo. Agora, o novo projeto já foi aprovado no Conselho de Campus e uma cópia será encaminhada à reitora. Durante a audiência pública em maio, o senador Delcídio do Amaral também recebeu uma cópia e acreditamos que, entre os meses de setembro e novembro, tudo vai depender de agenda, conseguiremos marcar uma audiência no MEC com o Ministro da Educação e o presidente Lula”, disse o diretor do Campus do Pantanal