Em queda nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB, José Serra, expôs hoje (26) uma das principais preocupações da campanha tucana: o poder de transferência de prestígio – e de votos – do presidente Luiz Inácio da Lula para Dilma Rousseff (PT).

Em palestra a 150 diretores e presidentes de empresas do setor de máquinas e equipamentos, em São Paulo, Serra alertou: “Ninguém governa um município, um Estado ou um país à distância”.

“Por mais que se queira pensar o contrário, não se terceiriza o comando, a gente vai ter que ter isso muito presente daqui em diante”.

O tucano usou uma analogia futebolística para tornar mais didático o aviso. Comparou o presidente a um técnico bem-sucedido que, ao ser chamado para treinar outro time, promete continuar a orientar a antiga equipe à distância.

“Isso é do mesmo realismo que imaginar que o Brasil possa ser governado pelo Lula fora do governo”. E aproveitou para fazer um apelo: “Levo bronca de muita gente porque vou fazer palestra e não peço voto, então aqui vou pedir também voto”. Seguiram-se risos e aplausos.