Lula diz que ‘elite’ não quis pobre em universidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (10), em Suzano (SP), que a “elite paulista que governou o estado de São Paulo nunca se importou em colocar os pobres na universidade”. Durante a inauguração do Campus Suzano do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Lula criticou o […]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (10), em Suzano (SP), que a “elite paulista que governou o estado de São Paulo nunca se importou em colocar os pobres na universidade”. Durante a inauguração do Campus Suzano do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Lula criticou o fato de apenas 96 mil paulistas estudarem em universidades estaduais em SP.

Segundo ele, o número é menor do que a quantidade de pessoas inscritas no Prouni, programa do governo que prevê bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de baixa renda. “O estado que tem mais indústria, a maior renda per capita e só tem 96 mil alunos estudando em universidade é uma vergonha, sobretudo para a elite que sempre governou o estado de São Paulo”, disse.

Lula disse ainda que os governantes que possuiam diplomas universitários e títulos de mestrado e doutorado não queriam que os outros tivessem a mesma oportunidade educacional. “Achavam que apenas eles tinham direito de fazer graduação aqui e depois fazer pós-graduação em Chicago e Londres. E os pobres não tinham sequer como terminar o ensino fundamental”, criticou.

Ele destacou a construção, durante seu governo, de 14 universidades federais e disse que alguns presidentes não fizeram sequer uma instituição de ensino superior. “Nós em oito anos já vamos passar para a história como o governo que mais fez universidade nesse país. Teve presidente com doutorado, com pós-graduação, que não fez nenhuma universidade. Ele já tinha aprendido, para que ensinar para os outros?”

De acordo com Lula, o povo brasileiro está “mais exigente” e não quer apenas emprego, deseja ser mão-de-obra qualificada. “Nós os mortais desse país, sempre tratados como cidadãos de segunda categoria, não queremos só ser pedreiro, temos o direito de ser médicos, engenheiros, professores”, afirmou.

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