A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para reajuste da maioria dos contratos de aluguel, desacelerou e ficou em 0,69% em dezembro, fechando o ano com alta de 11,32%, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado nesta quarta-feira (29). No ano passado, o índice registrou deflação de 1,7%.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, desacelerou para 0,63%, contra 1,84% no mês anterior. No ano, índice tem alta de 13,90%. O índice relativo aos bens finais recuou 0,46% em dezembro, diante de variação de 1,34% em novembro. Já o índice referente ao grupo bens intermediários acelerou de 0,76% para 0,83%.
O índice relativo a matérias-primas brutas ficou em 1,66%, em dezembro, contra 3,92% no mês anterior. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo partiram de bovinos (de 11,42% para -1,62%), soja em grão (de 9,72% para 2,58%) e milho em grão (de 9,54% para 4,41%). Na contramão, aceleraram minério de ferro (de -8,13% para -2,24%), aves (de 0,97% para 8,02%) e mandioca (de 0,64% para 1,86%).
O que ficou mais caro para o consumidor
No ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que também compõe o IGP-M, registrou alta de 6,09%. Em dezembro, o índice ficou em 0,92%, contra 0,81% em novembro. Dos sete grupos que fazem parte do índice, cinco apresentaram aceleração nas taxas de variação, em dezembro, puxada pelos custos relativos a habitação (de 0,27% para 0,43%), com destaque para aluguel residencial (de 0,49% para 1,03%) e condomínio residencial (de 0,11% para 1,10%).
Ficaram mais caros, de novembro para dezembro, os gastos com saúde e cuidados pessoais (de 0,19% para 0,48%), educação, leitura e recreação (de 0,20% para 0,42%), despesas diversas (de 0,25% para 0,44%) e alimentação (de 1,91% para 1,96%).
Na contramão
Subiram menos os preços de transportes (de 0,72% para 0,57%), com destaque para gasolina (de 1,59% para 0,61%) e vestuário (de 0,96% para 0,87%), influenciado por calçados (de 1,17% para 0,33%).