Igreja Mundial é acusada em MT de propaganda eleitoral
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entregou uma representação ao procurador eleitoral Thiago Lemos de Andrade, do Ministério Público Federal, denunciando que o Canal 8 (antiga TV Bandeirantes/Brasil Oeste), arrendada pela Igreja Mundial do Poder de Deus, oferece cura aos fiéis e, nos intervalos, pede voto a candidatos a deputado e a governador. […]
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O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entregou uma representação ao procurador eleitoral Thiago Lemos de Andrade, do Ministério Público Federal, denunciando que o Canal 8 (antiga TV Bandeirantes/Brasil Oeste), arrendada pela Igreja Mundial do Poder de Deus, oferece cura aos fiéis e, nos intervalos, pede voto a candidatos a deputado e a governador. A representação foi entregue ao MPF na semana passada.
A Igreja Mundial do Poder de Deus foi destaque, recentemente, na imprensa nacional. A revista “Época” publicou uma ampla reportagem sobre a transformação da igreja num império evangélico. A igreja é dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus.
No dia 11 de março, o “Jornal Nacional”, da Rede Globo, divulgou que foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul (PRF-MS) três pastores da igreja com sete fuzis modelo M-15, calibre 5,56, cujo tiro pode atravessar coletes à prova de balas.
Os fuzis, segundo matéria publicada no site Extra Online, foram comprados na Bolívia e seriam entregues no Morro do Martins (Rio de Janeiro).
A denúncia
“O Canal 8 – TV Brasil Oeste, que funciona em Cuiabá e tem toda a programação ‘vendida’ para uma seita evangélica (Igreja Mundial do Poder de Deus) possui débitos trabalhistas e fiscais, e está sendo usado por pastores que são candidatos a deputado e por pretenso candidato a governador”, diz um trecho da representação do MCCE.
O documento também relata que a Igreja oferece cura milagrosa. “(…) pratica curandeirismo em tempo integral, oferecendo todo tipo de cura milagrosa, bastando que o paciente (fiel) pague o montante devido aos pastores”.
Pacotão de denúncias
Além da denúncia contra a Igreja Mundial, a representação do MCCE contém um “pacotão” de denúncias com 10 tópicos de crimes eleitorais, principalmente visando inibir e penalizar a prática da propaganda extemporânea e o uso de recursos públicos por candidatos.
As denúncias vão desde canais de televisão que fazem propaganda política a pretensos candidatos, a falta de clareza na escolha dos juizes eleitorais do TRE-MT, das pesquisas eleitorais que favorecem pré-candidaturas e de adesivos de pré-candidatos em carros.
A extensão das denúncias é grande. O movimento solicitou ao Ministério Público averiguar as empreiteiras que fornecem serviços para prefeituras e Governo, que segundo MCCE são doadoras de recursos de candidatos. Uma delas, sem ter o nome revelado pelo Movimento, teria sido flagrada pela PF fraudando licitações.
Outras denúncias incluem também os gabinetes itinerantes, a violação da dignidade humana dos cabos eleitorais, as casas de apoio que tem o apoio de deputados estaduais, para onde vão pacientes do interior do estado para se tratar nos hospitais da capital.
Direito constitucional
O assessor de imprensa e obreiro da Igreja Mundial do Poder de Deus, Milton Rodrigues, disse que é direito constitucional a opção religiosa de cada cidadão. “Gostaríamos que o MCCE e o Ministério Público pudessem averiguar os fatos in loco e observar se existe mesmo charlatanismo ou aquilo que chamamos de fé”, disse Rodrigues.
Sobre utilizar o canal de televisão para divulgação de possíveis candidatos, Milton Rodrigues disse que os pastores trabalham pregando o evangelho e que eles têm se preocupado em seguir as leis eleitorais. A respeito de dívidas trabalhistas, Rodrigues revelou que que a Igreja paga o trabalho dos prestadores de serviço e que tem um projeto para contratação de funcionários com carteira assinada.
“Se tivermos pastor pré-candidato a sociedade irá saber. Outras denominações religiosas apóiam um candidato e tem seu representante, ou na Assembléia Legislativa, no Senado ou Câmara Federal. Nós também temos direito de ter nosso representante”, disse o assessor de imprensa.
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