Hillary diz que o momento é de sanções contra Irã; Amorim insiste em diálogo
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu nesta quarta-feira que negociações e diálogos com o Irã são preferíveis a sanções, mas que o momento já é chegado a uma ação internacional. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que concedeu entrevista ao lado da americana, rejeitou a pressão e manteve a defesa do diálogo […]
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu nesta quarta-feira que negociações e diálogos com o Irã são preferíveis a sanções, mas que o momento já é chegado a uma ação internacional. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que concedeu entrevista ao lado da americana, rejeitou a pressão e manteve a defesa do diálogo com o governo islâmico.
“Temos que demonstrar para o Irã que há consequências para violações dos regulamentos da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)”, afirmou a secretária, durante entrevista coletiva após encontro com o chanceler Amorim.
Hillary afirmou ainda que Irã não tem sinalizado a favor de um acordo, o que exige uma postura mais firme da comunidade internacional. Segundo a secretária, Irã se dirige a interlocutores como Brasil, China e Turquia, contando histórias diferentes.
“Sanções são a melhor maneira de evitar mais conflitos”, disse Hillary, citando o maior dos temores dos Estados Unidos –o início de uma corrida armamentista.
Questionado pelos jornalistas, o chanceler Amorim afirmou que sanções poderão ter efeito contraproducente nas negociações com o Irã. “Ainda é possível fazer acordo, mas cada dia está mais difícil, pois as posições estão se enrijecendo”, disse.
Segundo o ministro, o Brasil continuará insistindo no diálogo com Teerã, rebatendo questionamento da imprensa americana sobre o fato de o país não se juntar ao consenso internacional de que são necessárias sanções enérgicas, por causa do possível risco de uso bélico do programa nuclear iraniano.
“Não se trata de o Brasil se recusar a se juntar a um consenso. As questões internacionais não são discutidas dessa maneira, com pressão. Cada país tem que pensar pela própria cabeça, e nós pensamos pela nossa própria cabeça”, afirmou Amorim.
Brasil e EUA
Diante da insistência brasileira, Hillary não descartou novas negociações em torno do tema: “continuaremos discutindo essas questões, inclusive com o Brasil”, afirmou.
Segundo Amorim, na reunião de hoje foram tratados outros temas bilaterais, como Oriente Médio, negociações sobre o clima e questões regionais como Haiti e Chile. Foi discutida também a retomada da rodada Doha e negociações comerciais.
Foram assinados três acordos de cooperação- um contra descriminação contra mulheres, outro na área de clima, e por fim um sobre cooperação trilateral no Haiti, África e outras regiões na América Central.
É a primeira visita de Hillary a Brasília em pouco mais de um ano no cargo se secretária de Estado.
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