Governo ”se engana” com proposta, e negociação com professores de MS é adiada

Entre as reivindicações dos professores está o pagamento do Piso Nacional, e realização de concurso público para diminuir o número de convocados, mas Fetems acha que governo não atenderá pedidos da classe.

Após aguardarem muito para serem atendidos, os representantes dos professores saíram sem novidades de uma reunião com o governador André Puccinelli (PMDB) realizada nesta segunda-feira (29). O encontro com os representantes da Fetems (Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) acabou adiado para o dia 9 de dezembro.

Segundo a Fetems, o motivo alegado foi um “desentendimento” por parte da equipe do governo quanto a proposta apresentada pela Federação. Segundo Roberto Botarelli, secretário de finanças da entidade, a equipe apresentou uma proposta que não condiz com o requerido pela classe.

“Saímos preocupados da reunião, tivemos que explicar novamente para o governador nossas propostas. Queremos apenas a definição de uma política salarial, onde o professor ganhe um piso para 20 horas aulas, e não de 40h como é hoje, além da inclusão da regência”, afirma o secretário.

O impacto na folha salarial gira em torno de 16 a 19%, segundo cálculos da Federação. Neste ponto que a equipe do governo se equivocou e, na reunião desta segunda, afirmou que irá fazer outra projeção de impacto, e apresentar a nova proposta dia 9 para os professores.

“Vimos hoje que o governo dificilmente vai conseguir suprir nossas propostas, mas agora é esperar a posição apresentada dia 9”, comenta Botarelli.

A reunião, inicialmente agendada para as 16 horas, foi iniciada apenas por volta das 18h20 e teve término por volta das 20h50.

A Fetems, uma das maiores entidades sindicais sul-mato-grossenses, possui 69 sindicatos municipais filiados e representa mais de 20 mil trabalhadores na base, com 54% do funcionalismo público estadual.

Pauta

Na pauta da reunião a Fetems cobrou a definição de uma política salarial para professores e funcionários administrativos da rede pública estadual nos próximos três anos.

Entre as reivindicações dos professores está o pagamento do Piso Nacional, a realização de concurso público para diminuir o número de professores convocados e o aumento da oferta de cursos de profissionalização dos trabalhadores administrativos da educação.