Com a capitalização, o governo federal aumentará a sua participação na Petrobras de 40% para cerca de 48%, afirmou nesta sexta-feira (24) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Antes da operação, as participações somadas da União (32,1%) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES ) (7,7%) totalizavam 39,8%.

“A participação da União, somando BNDES, Fundo  Soberano e a União propriamente dita, passa de cerca de 40% para 48% no total”, destacou.

O ministro participou de uma cerimônia na BM&FBovespa para marcar o início da oferta pública de ações da empresa. Os papéis da companhia começaram a ser comercializados nesta sexta na Bolsa de Valores de Nova York. A negociação no mercado brasileiro começa na segunda (27) na Bolsa de Valores de São Paulo.

O governo aumentou sua participação na estatal por meio do chamado processo de cessão onerosa de reservas da União em um volume de 5 bilhões de barris, numa operação que envolve títulos públicos.

“A União também não participou em mais do que isso (da oferta) para dar chance também de o setor privado participar, de os minoritários participarem. Todos têm que ter oportunidade, afinal, a Petrobras é um patrimônio da sociedade”, disse Mantega.

Segundo ele, não há dúvidas quanto ao fornecimento dos barris comercializados. “Existe um contrato em que não há risco para nenhuma das partes. Se houver excesso de petróleo em relação àquilo que foi vendido, a Petrobras devolve para a União. Se faltar, recebe uma outra área para exploração”, explicou.