Foram os próprios motoristas de ônibus que apresentaram ao diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, a sugestão de acabar com a circulação de dinheiro no transporte coletivo. Com isso acabam os assaltos, que só no mês de janeiro somaram 106, enquanto em todo o ano passado totalizaram 580.

Os motoristas estiveram reunidos com o diretor da Agetran hoje pela manhã. “Tem motorista que levou tiro na Afonso Pena, outro foi parar na UTI depois de ser esfaqueado, tem um que foi assaltado 18 vezes”, relatou Rudel.

A sugestão vai ser avaliada. O uso de dinheiro para pagar o passe já está sendo desestimulado há anos, com a diferença no valor da tarifa. Para quem usa o cartão, o preço é R$ 2,30; para pagamento em dinheiro, é R$ 2,50.

Rudel disse que a ideia é restringir ainda mais a circulação de dinheiro nos ônibus até que, gradativamente, seja permitido só o cartão. “Em Goiânia já é assim. Vamos ver como eles fizeram lá, como foi possível.”

O diretor da Agetran diz que existem 50 pontos para recarga de cartão e compra do cartão descartável, que vale uma passagem, apenas. Mas mesmo assim a Agetran vai analisar se é preciso ampliar a rede de atendimento ao usuário.

A sugestão dos motoristas é proibir, de imediato, o pagamento da tarifa em dinheiro durante a noite e naquelas linhas em que ocorrem mais assaltos.

A Agência de Regulação dos Serviços Públicos tem reunião amanhã para analisar a planilha de custo do transporte coletivo, que pode resultar no reajuste da tarifa.