A economia dos Estados Unidos completou, em junho, um ano de recuperação, após a pior recessão desde a década de 1930. Segundo dados do Departamento do Comércio, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu 2,4% no segundo trimestre deste ano, completando quatro trimestres de expansão.

A maior economia do mundo, no entanto, ainda patina. Os indicadores mostram que as condições econômicas seguem distantes das vistas antes do início da crise financeira, ainda em 2008.

O dado mais preocupante é o desemprego: em junho deste ano, 9,6% da população economicamente ativa estava sem emprego (dados sem ajuste sazonal) – mais do dobro da taxa de 4,3% registrada em 2007, a mínima recorde do indicador. Desde o início da recessão nos EUA, em dezembro de 2007, a economia americana perdeu 8,4 milhões de postos de trabalho.

A Casa Branca reconhece a preocupação: “a sólida taxa de crescimento indica que o processo de recuperação constante da recessão continua”, afirmou a porta-voz do governo nesta sexta-feira. “No entanto, é preciso um crescimento mais rápido para conseguir reduções substanciais no desemprego”.

O próprio PIB traz dados que apontam para uma recuperação lenta. De abril a junho, as importações – que pesam negativamente sobre o PIB – tiveram crescimento de 28,8%, após uma alta de 11,2% no trimestre anterior. As exportações cresceram 10,3%, abaixo da taxa de 11,4% registrada em janeiro e março.

Os investimentos, por sua vez, tiveram forte expansão, de 17%, quase o dobro da registrada no trimestre anterior, apontando para bases mais sólidas para o crescimento futuro.

A indústria também segue distante do patamar pré-crise. Nos 12 meses até junho deste ano, a produção do setor acumulou alta de 8,2%, segundo dados do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Nos 12 meses anteriores, no entanto – até junho de 2009 – a contração ficara em 13,6%