A segunda etapa de vacinação contra a poliomielite continua esta semana em Mato Grosso do Sul até a sexta-feira (27). De acordo com a Coordenadoria de Imunização, vinculada a Secretaria Estadual de Saúde, a prorrogação do prazo acontece em municípios que ainda não atingiram a meta de 95% da população imunizada.

“A grande meta da campanha contra a pólio é a imunização das crianças no menor período de tempo para que seja efetiva. A prorrogação do prazo pode comprometer essa eficácia da campanha, por isso é importante que cada município atinja a sua meta dentro do prazo estipulado” diz a gerente técnica de imunização, Kátia Mougenot.

Em Mato Grosso do Sul, Terenos, Figueirão, Camapuã, Ponta Porã, Aral Moreira, Amambai, Laguna Carapã, Caarapó, Miranda, Aquidauana e Anastácio ainda estão com os seus índices de imunização abaixo de 70%. A Secretaria de Saúde pede para que os municípios se empenhem nas campanhas de vacinação para que o prazo de imunização não seja prorrogado e comprometa assim, a eficácia da campanha.

Público alvo

Durante a campanha nacional, devem ser vacinadas todas as crianças na faixa etária de zero a quatro anos, 11 meses e 29 dias, ou seja, menores de cinco anos.

Recém-nascidos

Parte significativa dos municípios envia equipes de vacinadores aos hospitais e maternidades para imunizar os recém-nascidos. Quando isso não ocorre os pais devem levar os bebês ao posto de vacinação mais próximo assim que a criança receber alta.

Idade limite

Quem tem cinco anos completos não precisa tomar a vacina, porque a concentração maior de poliomielite é na faixa etária menor de cinco anos, a faixa de maior risco.

Primeira dose

Quem tomou a primeira dose da campanha 2010, em junho, deve tomar a segunda agora. A exceção é a criança que completou cinco anos após a primeira etapa da campanha.

Vacina em dia

Mesmo a criança que tomou todas as doses de rotina mais o reforço deve participar da campanha. Essa vacinação é fundamental, porque quando todas as crianças são vacinadas elas liberam no meio ambiente o vírus vacinal, o que possibilita formar uma imunidade de grupo, uma proteção coletiva. O vírus que ela libera ajuda a proteger a família, os amigos, enfim, todos os que convivem com a criança. Os vírus são liberados por meio de gotículas de saliva ao tossir, espirrar, alem de urina e das fezes.

Erradicada

Mesmo a poliomielite estando erradicada no Brasil, com certificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), é preciso vacinar as crianças. Atualmente as ações do Programa Nacional de Imunizações com a vacina oral poliomielite (VOP) estão voltadas para a prevenção da reintrodução do poliovírus selvagem no País. Enquanto houver circulação desse vírus em qualquer região do mundo, o risco de importação de casos provenientes de países endêmicos justifica a continuidade da vacinação. De acordos com dados de maio da OMS, são países endêmicos o Paquistão, a Índia, a Nigéria e Afeganistão.

Contraindicação

Não há contra indicação absoluta à administração da vacina oral contra a poliomielite. Mas é importante evitar a vacinação de crianças com as seguintes características e condições:

– Portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38 graus;

– Com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;

– Que no passado apresentaram qualquer reação anormal a essa vacina;

– Imunologicamente deficientes devido a tratamento de imunossupressores ou de outra forma adquirida, ou ainda com deficiência imunológica congênita;

– Com história de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior da vacina poliomielite oral.

Em todo Mato Grosso do Sul, os postos fixos e volantes de vacinação estarão abertos das 7 às 17 horas para a campanha.