Em nota, escola de Miranda esclarece que horários das aulas são respeitados
Carta aberta à população feita pela direção da escola estadual Caetano Pinto, em Miranda, rebate as acusações feitas por mães de que alunos estariam deixando a escola fora do horário de aula. A diretora Edna Barbier da Silva explicou o fato e disse que a comunidade escolar desenvolve atividades com os alunos, que a violência urbana […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Carta aberta à população feita pela direção da escola estadual Caetano Pinto, em Miranda, rebate as acusações feitas por mães de que alunos estariam deixando a escola fora do horário de aula. A diretora Edna Barbier da Silva explicou o fato e disse que a comunidade escolar desenvolve atividades com os alunos, que a violência urbana preocupa os educadores já que a cidade não oferece opções de lazer aos jovens que costumam se reunir na Avenida Afonso Pena, a principal de Miranda.
Segue abaixo na íntegra a carta encaminhada pela direção da escola estadual ao Midiamax, que chegou a noticiar as reclamações.
“(…) Completamos, em março, 88 anos de existência. Recebemos, neste ano, 163 novos alunos, o que comprova a competência e o reconhecimento da sociedade mirandense;
• não dispensamos os alunos mais cedo, a não ser em situações específicas, e, nesses casos, todos os pais são avisados, como comprovam as cópias dos avisos arquivados na escola;
• atendemos, hoje, cerca de 220 alunos da zona rural. São vários ônibus que chegam e saem, das mais diversas regiões, nos seguintes horários: Matutino– chegada entre 6:20 e 7:00 h/ saída a partir das 11:25; Vespertino- chegada entre 11:30 e 13:00 h/ saída a partir das 17:25; Noturno – chegada entre 18:30 e 19:00 h/ saída a partir das 22:45. Os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental saem às 11:10 e 17:10 h .Observem que há um grande intervalo entre o momento em que os alunos descem dos ônibus e o horário de entrada/saída da escola. Nesses horários, a Escola não pode nem recolher os alunos que chegam adiantados, porque todos os funcionários estão limpando as salas para o período seguinte;
• não há, no momento, nenhum professor, lotado nesta Unidade Escolar, que esteja fazendo especialização em Campo Grande, muito menos a diretora da escola, que já é pós-graduada em Gestão Escolar; portanto, não procede a informação veiculada na imprensa de que houve falta de professores na escola nos dias 25 e 26 de março, nem são corretas as informações atribuídas à secretária da escola;
• o fato de jovens permanecerem na frente da escola e em suas imediações é do conhecimento de todos. O calor é intenso, a escola se localiza no centro da cidade, o espaço é arborizado e agradável. É comum vermos jovens, estudantes ou não, tomando tereré, ouvindo música, andando de “skate”, tocando violão ou apenas “batendo papo”, tanto em dias normais quanto nos finais de semana. Por ser um local público, não cabe a nós, a escola, determinar quem pode ou não freqüentá-lo, pois todo cidadão tem o direito de ir e vir;
• ao responsabilidade sobre o comportamento dos alunos dentro dos ônibus ou enquanto aguardam a chegada deles, bem como o fato de alunos maiores e menores viajarem juntos não pode nos ser atribuído, uma vez que os alunos estão fora de nossa escola. Quem pode responder por esta situação são os responsáveis pelo transporte escolar. Deixamos claro, no entanto, que é impossível enviar diversos ônibus, para uma mesma localidade, para separar os alunos por idade. O que fazemos, continuamente, é orientá-los com noções de ética, cidadania, igualdade, solidariedade e respeito às diferenças e esperar que, em casa, os pais também façam o mesmo;
• em relação ao consumo de fumo e bebidas alcoólicas na avenida, em frente à escola, nós não emitiremos opinião, pois não seremos irresponsáveis em fazer acusações tão graves sem provas. Achamos inviável, porém que alunos (na grande maioria menores) bebam de manhã ou no intervalo do almoço. Caso isso aconteça, cabe ao Conselho Tutelar e às Polícias Civil e Militar inibir tais atitudes;
• brigas e ocorrências que acontecem fora das portas da escola tornam-se atos públicos e nós, enquanto escola, tomamos, dentro da legalidade, a única atitude que todo cidadão de bem tomaria: chamamos a polícia. Essa ação tem sido feita regularmente, a presença constante de policiais dentro e fora da escola é uma realidade e uma solicitação nossa, via ofício, prontamente atendida pelos destacamentos que atuam no município, os quais consideramos parceiros no trabalho de zelar pelo bem estar e pela segurança da população;
• todas as ocorrências acontecidas dentro da Unidade Escolar foram averiguadas e as providências cabíveis, de acordo com o Regimento Escolar que nos embasa, foram tomadas, conforme atestam as cópias de documentos em nossos arquivos e também, os termos de visitas registrados por nosso Supervisor em Gestão Escolar;
• em relação aos pais que não sabem o que acontece com seus filhos, lembramos que somos regidos por um Calendário Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado de Educação, acompanhados por um Supervisor em Gestão Escolar, temos um horário de aulas semanais que são de conhecimento de todos os alunos e suas famílias e que, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), art. 129 – V, é dos pais a “obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento”. Nós sempre abrimos as portas a todos, pais e responsáveis, para que façam da escola a extensão de seus lares. Jamais nos recusamos a oferecer qualquer informação ou auxílio a todos que nos procuram. Por esta razão, nos entristecemos por demais ao perceber que os pais que se valem do anonimato para nos acusar injustamente, sem um mínimo de cuidado com a repercussão que seus atos poderão acarretar à comunidade escolar e à sociedade mirandense, por medo de represálias, desconhecem completamente a filosofia da escola que seus filhos frequentam.
Diante do exposto, queremos reafirmar a nossa tristeza e indignação perante a tentativa de se denegrir a imagem de uma instituição que se pauta na transparência, no respeito e no trabalho coletivo. Mesmo numa situação tão adversa, aproveitamos para agradecer às inúmeras manifestações de apoio e solidariedade que recebemos da comunidade escolar e, respondendo àqueles que nos cobraram uma resposta imediata aos ataques que sofremos, informamos que, por sermos “pessoa jurídica”, só agora fomos autorizados por nossos superiores a prestar estes esclarecimentos.
Direção Colegiada da Escola Estadual Caetano Pinto
Professora Edina Barbier da Silva – Diretora”
Notícias mais lidas agora
- Empresário morre ao ser atingido por máquina em obra de indústria em MS
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
Últimas Notícias
Motoentregador bate em poste e Campo Grande registra segunda morte do fim de semana
Polícia suspeita que rapaz tenha sofrido mal súbito na motocicleta
Mulher é resgatada de cárcere após ex-genro encontrar bilhete com pedido de socorro em Campo Grande
Suspeito foi preso e levado para a delegacia
Casal que deu apoio a fuga de garupa que executou motociclista é preso na BR-060 em Campo Grande
Júnior Ferreira de Souza foi executado com tiros no rosto e nas costas na Rua dos Pioneiros na noite de sexta-feira (13)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.