Candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT viajou cedo para Brasília de onde só deve retornar amanhã à noite. A agenda na Capital Federal é extensa. Ele vai procurar órgãos de segurança para denunciar as supostas espionagens que vem sofrendo na campanha.

Outra meta é marcar a participação do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenciável petista Dilma Rousseff em sua campanha no Estado no mês que vem. Zeca também conversará com a cúpula do PT sobre a possibilidade do senador Valter Pereira (PMDB) assumir a coordenação da campanha da presidenciável petista em MS.

Em Brasília, ele pretende conversar pessoalmente com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Teles Pereira Barreto, e com o diretor geral da PF (Polícia Federal), Luiz Fernando Corrêa, sobre fatos e indícios de que estaria sendo espionado.

Na semana passada Zeca já se reuniu com o presidente da seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Leonardo Duarte, com o superintendente da Polícia Federal, José Martins Lara, e na tarde de ontem esteve com o secretário de Justiça e Segurança do Estado, Wantuir Jacini, para tratar do mesmo assunto.

Zeca afirmou que fez esse alerta ao secretário Jacini, fornecendo, inclusive, dados para ajudar nas apurações – se for essa a decisão – e vai cientificar também o ministro da Justiça e o diretor-geral da PF, porque, ocorrendo qualquer incidente irregular na campanha, “não vou pensar duas vezes para requerer a presença da Força Nacional e garantir a ordem nas eleições”.

Lula e Dilma

A participação de Lula e Dilma é um dos grandes trunfos de Zeca nesta campanha. Em junho, Zeca obteve da cúpula petista a promessa de que Lula poderá fazer campanha na Capital e em três cidades do interior do Estado que o ex-governador escolheria.

O petista, então, já teria sugeridos os três maiores pólos eleitorais do Estado, Corumbá, Dourados e Três Lagoas.

Valter Pereira 

No fim de semana, após receber o apoio de Valter Pereira para sua candidatura, Zeca prometeu ajudá-lo a obter a coordenação da campanha de Dilma no Estado. Hoje, ele pretende conversar com o presidente do partido, José Eduardo Dutra sobre o assunto.

Valter está rompido politicamente com André Puccinelli. Ele acusa o governador de ter usado a máquina pública para favorecer Waldemir Moka seu concorrente nas prévias que escolheram o candidato do PMDB ao Senado.