A ampliação do escoamento da produção de cargas de Mato Grosso do Sul foi um dos principais assuntos tratados na apresentação do Plano Nacional de Logística e Transporte, na manha de hoje, em Campo Grande.

Segundo dados do secretário de Estado de Obras Públicas e de Transporte, Edson Giroto, 81% (22.252.308 toneladas) são escoadas por rodovias, enquanto que 9% são por ferrovias e 10% por hidrovias. De acordo com Giroto, o Estado perde com essa concentração e seria necessário que houvesse maior equilíbrio e integração entre as diversas possibilidades de escoamento para que houvesse o barateamento do produto final,

“Nós não estamos pensando o Estado a curto prazo, nós somos produtores de comodities, é preciso que haja integração, atualmente 81% do que é produzido é escoado por rodovias, o Estado sofre com isso”, diz Giroto. Dentre as principais preocupações está a produção de açúcar e etanol das 21 usinas alcooleiras que estão presentes no Estado.

A preocupação com a produção do Etanol foi um dos principais assuntos tratados na manhã de hoje,  fato que levou a proposta de construção de um polioduto para transportar o etanol produzido em MS para outros estados possivelmente ser introduzida no PLNT, segundo o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato.

“Possivelmente, Mato Grosso do Sul vai ser um grande produtor no contexto nacional e vai produzir mais do que consome localmente. Então, terá que exportar o excedente. Vamos discutir com setores de governo, no caso a Transpetro, ou empreendedores privados que tenham interesse, em instalar um poliduto capaz de levar o etanol até Paulínea (SP), miolo de grande consumo de etanol do País. Essa é uma novidade que está inserida no PNLT hoje”.

Dentre outras questões que tem Mato Grosso do Sul, o secretario destacou duas ferrovias que passarão pelo Estado: a ligação da Ferrovia Norte-Sul, Paranoma com Porto Murtinho e a ligação da região sul de Mato Grosso do Sul, desde Maracaju e Dourados, ao ramal da Ferroeste no Paraná e dali em direção ao Porto de Paranaguá. As ferrovias servirão para a diversificação do escoamento do que é produzido no Estado.

Perrupato, durante a apresentação do plano, também destacou a importância da integração e do uso do aeroporto e das hidrovias.