O ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, disse nesta quarta-feira (28) que a exoneração do presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, anunciada no início desta noite, se deveu principalmente à demora no pagamento de dívidas da empresa com fornecedores.

Segundo o ministro, os credores da empresa reclamam um total de R$ 1,4 bilhão em pagamentos atrasados. Para Filardi, a dívida é menor –cerca de R$ 700 milhões.

Filardi também apontou atrasos na entrega de encomendas, a falta de funcionários e problemas na abertura de licitações para franquias dos Correios como motivos do desgaste de Custódio no cargo. “O governo entendeu que era preciso uma oxigenação”, afirmou o ministro. “Além disso, uma empresa pública precisa de renovação sempre.”

Segundo o ministro, os Correios deveriam ter realizado no ano passado a contratação, por meio de concurso, de 6 mil funcionários, o que não ocorreu.

Filardi afirmou que Custódio só foi informado oficialmente de sua saída do cargo após o término da cerimônia de que participou nesta tarde ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após ser avisado de sua exoneração, Custódio disse que há uma motivação política na sua substituição porque, segundo ele, do ponto de vista operacional, não há questionamento sobre sua gestão.