A bolada em dinheiro que o governo do Estado arrecadou no final do ano passado com a renovação do contrato com o Banco do Brasil ajudou a cobrir o déficit financeiro (despesa maior que receita) do Estado, segundo o governador André Puccinelli (PMDB).

A primeira parcela paga pela instituição no mês de dezembro no valor de R$ 25 milhões somou-se a outras transferências que ajudaram a minimizar o déficit previsto de R$ 193 milhões para R$ 28 milhões.

“Vocês lembram que eu havia dito que o Estado fecharia com déficit de R$ 193 milhões? Com a entrada dos R$ 25 milhões do banco e outras transferências conseguimos reduzir o déficit que ficou em R$ 28 milhões”, completou, sem dar maiores detalhes sobre as outras transferências que ajudaram a minimizar a diferença entre as receitas e despesas.

As informações do governador foram prestadas no evento que marcou o início das operações da Nova Rodoviária de Campo Grande, na saída para São Paulo, na madrugada de hoje. No local. André detalhou o pagamento pelo novo contrato. “A primeira parcela no valor de R$ 25 milhões caiu na conta única do Estado no dia 28 de dezembro de 2009. As demais serão pagas anualmente entre 2010 e 2013, sendo R$ 20 milhões a cada ano”, mencionou.

Se somadas as parcelas elencadas pelo governador, a instituição pagará pela folha cerca de R$ 105 milhões, isso sem considerar a correção. Porém, extrato publicado, em Diário Oficial, no dia 28 de dezembro aponta que a operação custou ao BB nada menos que R$ 157 milhões. André não esclareceu o motivo da diferença.

De acordo com o governador, as parcelas serão depositadas no mês de dezembro e corridas pelo índice da inflação do período. “O dinheiro vai para conta única do Estado e será aplicado nos projetos em andamento”, comentou.

A renovação de contrato com o BB foi uma novela que durou alguns meses. André vinha vinha ameaçando romper o contrato com o banco e repassar o serviço para a CEF (Caixa Econômica Federal) que, inclusive, entregou uma proposta.

Com a renovação, o BB continuará operando a folha de pagamento de 60 mil servidores calculada em R$ 120 milhões, no sistema de exclusividade.

Também em caráter de exclusividade ficará a centralização do produto da arrecadação das receitas estaduais e de toda movimentação e processamento das contas correntes, inclusive, da Conta Única do Estado (sistema de caixa único).