Dilma nega acusações de que teria encomendado dossiê

A candidata do PT à Presidênca da República, Dilma Rousseff, negou neste sábado (23) que tenha pedido ao secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que montasse dossiês contra os opositores do PT. A denúncia foi publicada na edição desta semana da revista “Veja”. “Eu nego terminantemente este tipo de conversa na véspera da eleição. Nego […]

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A candidata do PT à Presidênca da República, Dilma Rousseff, negou neste sábado (23) que tenha pedido ao secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que montasse dossiês contra os opositores do PT.

A denúncia foi publicada na edição desta semana da revista “Veja”. “Eu nego terminantemente este tipo de conversa na véspera da eleição. Nego terminantemente. Gostaria que houvesse da parte de quem acusou a comprovação e a prova de que alguma vez eu fiz isso, porque, me desculpe, é muito fácil na última semana da eleição criar uma acusação contra a pessoa sem nenhuma prova. Então, acho grave utilizar esses métodos nessa reta final”, disse.

Dilma negou as acusações após participar de carreata junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Carapicuíba (SP). “Eu acredito que essas pessoas que fazem este tipo de coisa devem ter razões pessoais para fazer, porque ninguém explica como é que uma pessoa grave uma conversa com uma pessoa nessas circunstâncias. Não me coloquem no meio de práticas que eu não tenho”. Segundo reportagem publicada pela revista “Veja”, Pedro Abramovay teria reclamado de supostos pedidos para a produção de dossiês feitos pelo chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e por Dilma Rousseff quando ela ainda era ministra-chefe da Casa Civil.

De acordo com a reportagem, em uma conversa gravada com o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., Abramovay teria dito a seguinte frase: “Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho pra fazer dossiês (…) eu quase fui preso como um dos aloprados”. A revista não informou quem fez as gravações, mas afirma que os registros foram “gravados legalmente e periciados”.

Por meio da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho afirmou que “jamais pediu qualquer coisa ao senhor Pedro Abramovay”. Sobre a referência aos aloprados, a reportagem explica que Abramovay trabalhava na liderança do PT no Senado, em 2006, com o senador Aloizio Mercadante.

Neste período, pessoas ligadas a Mercadante teriam feito um dossiê para prejudicar o PSDB nas eleições. No período em que as gravações foram feitas Abramovay ocupava a Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça. Pedro Abramovay assumiu a Secretaria Nacional de Justiça em 7 de julho, após a exoneração de Tuma Jr., que deixou o cargo por suspeita de envolvimento com a máfia chinesa em São Paulo.

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