A taxa de desemprego média do primeiro semestre de 2010 nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 7,3%, ante 8,6% no mesmo período do ano passado, segundo destacou o gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. Segundo ele, essa é a menor taxa para um primeiro semestre da série da pesquisa, iniciada em 2002.

Em junho, a taxa recuou para 7,0%, ante 7,5% em maio, também a menor taxa para meses de junho em toda a série da pesquisa. Em junho do ano passado, a taxa havia sido de 8,1%.  A queda ante maio, contudo, refletiu um adiamento na procura por uma vaga no mercado de trabalho, e não a geração de novos postos, segundo observou Azeredo.

O resultado de junho ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 7% a 7,8%, e abaixo da mediana, de 7,25%.

Segundo o gerente, a taxa caiu porque muitas pessoas deixaram de procurar emprego para não comprometer as férias de julho. “Houve um adiamento na procura por trabalho, provavelmente por causa da proximidade das férias. Não há como dizer que as pessoas estão desestimuladas a procurar emprego por falta de oportunidade, os dados da economia não mostram isso”, disse.

Segundo Azeredo, o aumento do poder de compra das famílias também pode estar permitindo esse adiamento na busca por emprego.

Apesar disso, Azeredo diz que os dados de junho confirmam que os efeitos da crise que abalou o mercado de trabalho metropolitano no ano passado já foram integralmente superados no primeiro semestre.