O Tribunal do Júri de Dourados está julgando desde as 13h desta sexta-feira o borracheiro Weuler Moura da Silva acusado de ser o responsável pela morte de Regina dos Santos Franco ocorrida em janeiro de 2007.

Conforme o processo Weuler teria jogado um galão de gasolina que na época era sua esposa e depois ateou o fogo. O caso aconteceu na Vila Nova Esperança em 15 de janeiro de 2007. Regina que se estivesse viva teria 27 anos de idade. Ela morreu dez dias depois na Santa Casa de Campo Grande devido a gravidade das queimaduras.

A principal testemunha do caso é a mãe de Regina, a dona-de-casa Nadira Antonia dos Santos que foi a primeira pessoa a ser ouvida pelo juiz Valdir Peixoto que preside o júri. Um grupo de parentes de Regina está acompanhando o julgamento que deverá terminar por volta das 20h.

Vestindo camisetas com a foto da Regina e a inscrição “Eu quero justiça”, os familiares esperam que Weuler seja condenado com a pena máxima. Jonas Alves Couto, padrasto de Regina, afirmou que a sua enteada era uma pessoa boa e que não merecia um fim tão trágico. Regina deixou dois filhos de outros relacionamentos, um menino que atualmente está com nove anos uma menina que está com quatro.

“O Weuler levou um pedaço do meu coração”, disse a aposentada Olivia Antonia dos Santos, 68 anos, que três anos de do crime ainda não conseguiu superar a perda da neta. “Ela era a minha melhor amiga, minha companheira’, disse Olívia que pretende sair do Fórum somente quando a sentença for proferida pelo juiz.

Tanto Olívia quanto Jonas choram quando relembram do sofrimento de Regina. “Quando saiu na televisão o caso do marido que queimou a mulher em Campo Grande até parece que era com a nossa família”, disse Jonas ao afirmar que só que passa por uma tragédia como essa sabe o quanto a violência dos homens prejudicam as famílias.

Depois do sorteio dos nomes o Conselho Sentença foi formado por seis homens e apenas uma mulher. Laércio Rodrigues de Souza, Cesar Augusto Jaques Barreiro, Edmilson Gama Teodoro Silva, Robson Marques de Amorim, Domingos Albuquerque de Souza, Edmir Hidalgo de Moraes e Scheila Nunes dos Santos serão os responsáveis pela condenação ou absolvição do réu.