O primeiro Encontro do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura
das Capitais, além de transformar Campo Grande no centro da discussão
cultural do País durante o evento, teve mais um resultado produtivo. Mesmo
não estando previsto no cronograma inicial, a grande quantidade de
representantes da área cultural do interior do estado de Mato Grosso do Sul
se uniu e criou, na manhã de hoje (24) o Fórum Permanente dos Gestores
Municipais de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Representantes de 14 municípios do Estado entre eles Naviraí, Iguatemi, Nova
Alvorada do Sul, Aral Moreira, Paranaíba, Amambai, Cassilândia, Três Lagoas,
São Gabriel do Oeste, Bonito, Bodoquena e Campo Grande se uniram em um
objetivo comum: buscar projetos de forma coletiva para o Estado. Na ocasião,
foi eleita uma comissão provisória com um representante legal de cada um dos
municípios presentes. O objetivo é estender a participação a todos os
municípios do Estado.

Os prefeitos de cada uma das cidades receberão um ofício solicitando a
liberação dos representantes para a próxima reunião, marcada para o dia 19
de março. O objetivo é discutir, em um dia inteiro de reunião o regimento do
Fórum, eleger a diretoria definitiva e estabelecer as diretrizes gerais do
trabalho.

O diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande
(Fundac) Athayde Nery acredita que, a partir desse momento, a cultura no
Estado “deixa de ser um leão sem dentes”. “A constituição do Fórum dos
Gestores Municipais de Mato Grosso do Sul é um sinal de maturidade e
consciência coletiva em apresentar projetos e desenvolver uma política
cultural que respeite a especificidade de cada cidade”, frisa.

“O grande passo foi a junção dos municípios para que os recursos sejam
buscados de maneira coletiva. Existem cidades que estavam com uma demanda
pequena. Precisamos juntar as necessidades dos municípios para que o custo
da busca de recursos junto ao Ministério da Cultura (Minc) seja menor”,
explica Athayde.

O primeiro objetivo do Fórum é a discussão da demanda da cultura em Mato
Grosso do Sul e identificar os problemas em cada cidade e região. Em seguida
parte- se para a construção do intercâmbio cultural entre os municípios. “O
passo final é construir um consórcio entre as cidades, visando a busca de
recursos em Brasília. O mais importante é não ter medo de ser democrático.
Precisamos compartilhar problemas e resolver coletivamente”, finaliza.