O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Creci/MS), alerta para a falta de materiais básicos da construção civil do Estado o que pode ameaçar os negócios no setor imobiliário. Hoje no mercado da construção civil há cotas para compra de materiais básicos, como o cimento inclusive com fila de espera.

O presidente da entidade, Eduardo Francisco Castro explica que “é preciso haver sincronia entre os investimentos públicos e privados e a produção para que os fabricantes possam se programar e dar conta da demanda maior”, ressalta.

O presidente do Conselho explica que é necessário planejamento para não perder um momento de potencial no setor. Só a Caixa Econômica tem expectativa de fechar negócios de R$ 1 bilhão, até o fim do ano.

A Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que de 2007 para 2008 os investimentos na construção civil aumentaram 50% em Mato Grosso do Sul, passando de R$ 922 milhões para R$ 1,3 bilhão.

Outro problema é que sem materiais as obras têm ficado paradas, períodos em que os trabalhadores diaristas também deixam de receber, gerando um problema social.

Sem o cumprimento de cronogramas, as negociações de imóveis também ficam em compasso de espera, afetando toda a cadeia imobiliária. “Esperamos que essa situação não se prolongue e que a procura e oferta se ajustem para que o curso das negociações não seja interrompido”, finaliza Eduardo Castro.