O desligamento de 62 militares do 17º Batalhão de Fronteira (17º BFron) e da 18ª Brigada de Infantaria Ricardo Franco, que irão integrar o grupo de Missão de Paz que atua no Haiti foi realizado na manhã desta segunda-feira, 16 de agosto. A solenidade aconteceu na sede do 17º Batalhão de Fronteira, em Corumbá. A cerimônia contou com a entrega da divisa e do gorro de Missão de Paz aos combatentes, que partem para Campo Grande dia 26 de agosto e retornam ao Brasil somente após seis meses de missão.

“Hoje 59 militares do 17º Batalhão de Fronteira se desligam desta corporação para se doarem em prol da causa dos irmãos do Haiti. Todos foram escolhidos pela aptidão que possuem e esta é uma oportunidade única não apenas de crescimento profissional, mas humano. Pois a principal missão dessa tropa é fortalecer a humanidade naquele país”, destacou o comandante do 17º BFron, tenente-coronel Marcelo Dutra de Oliveira.

O comandante da 18ª Brigada, general-de-brigada Álvaro Gonçalves Wanderley, destacou a grandeza e dificuldade da missão. “Apesar do sentimento de servir ao país e do constante preparo, nem sempre é fácil integrar uma missão de paz. Tenho certeza de que todos que estão sendo enviados estão devidamente preparados e irão representar muito bem a nossa pátria”, disse.

“Esta é a primeira vez que tenho a felicidade de integrar uma missão de paz. Nossa principal missão é ajudar humanitariamente. A família fica no Brasil torcendo pelo sucesso da missão e dos combatentes. Esta é uma missão que com certeza transformará cada militar. É uma missão que nos tornará pessoas mais humanas e solidárias”, afirmou primeiro-tenente Solner, um dos militares de Corumbá que irá para o Haiti.

Os familiares presentes à solenidade destacaram a importância da família neste momento. “A princípio eu não queria que meu filho fosse, pois vemos tantas situações na mídia que acabamos ficando impressionados, além dele ter uma filha que ainda é bebê e necessita muito dos pais. Depois de muita conversa, acabei me conformando. Hoje meu filho tem a certeza de que em casa estaremos sempre rezando por ele e pensando positivo. Se ele está feliz e esta é a vontade dele, eu também acabo ficando”, contou Meri Taborda, 42 anos, mãe de um dos militares destacados para a missa humanitária. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br).