Contradições ainda cercam assassinato de costureira

Reconstituição durou cerca de 4 h; corpo de Natália Ajala, 22, foi carregado em uma motocicleta e passou por 3 bairros; 7º DP aponta namorado (foto) como autor

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Reconstituição durou cerca de 4 h; corpo de Natália Ajala, 22, foi carregado em uma motocicleta e passou por 3 bairros; 7º DP aponta namorado (foto) como autor

Os depoimentos dos envolvidos na morte da costureira Natália Wenz Ajala, de 22 anos, cujo corpo foi encontrado em um matagal na Vila Popular no início da noite de ontem (11) estão sendo marcados pela contradição. A polícia está realizando hoje a reconstituição do crime.

A costureira Natália foi assassinada com um tiro na cabeça desferido por Estefferson Roy Souza da Silva, de 21 anos, com quem tinha um caso, em um bar no bairro Silvia Regina. Após isso, Estefferson levou o corpo da mulher em uma moto com a ajuda de seu amigo, o ex-soldado do exército Ricardo Emanuel Machado da Costa Aragão, de 20 anos, para um matagal na Vila Popular. Após investigações, a polícia encontrou no início da noite de ontem o corpo da mulher que estava desaparecida há 5 dias.

À polícia, Estefferson disse que o tiro foi acidental e que ele estava brincando com Natália. De acordo com a dona do bar, no momento em que Natália morreu, ela estava com a vítima nos fundos do bar. De repente, Estefferson chegou com um revólver na mão e retirou duas munições. Após isso, ele disse para Natália atirar contra ele senão ele atiraria nela. De tanto ele insisistir ela teria fala “atira então”. Neste momento Estefferson efetuou o disparo que acertou a cabeça da mulher.

As contradições começam a aparecer quando se trata de onde o corpo foi colocado após a mulher ter sido assassinada. Segundo a polícia, os donos do bar Edna dos Santos Rocha, de 21 anos e Jeferson Alan Lopes, de 35 anos, afirmam que após ser assassinada o corpo da costureira foi colocado em um quarto da residência dos dois que fica nos fundos do bar. Já Estefferson Roy Souza da Silva, de 21 anos, que atirou em Natália, e o ex-soldado do exército Ricardo Emanuel Machado da Costa Aragão, de 20 anos, que ajudou a esconder o corpo, afirmam que o corpo foi jogado em um terreno baldio.

Segundo a polícia, Ricardo, um dos envolvidos no crime, foi expulso do 9º Batalhão de Suprimentos do exército por má conduta. A polícia também constatou que o rapaz não tem porte de arma e que a arma utilizada no crime é de sua propriedade. Ela foi apreendida pela polícia com quatro munições.

 Até o momento, os donos do bar são tidos como testemunhas no caso, porém não está descartada a hipótese de que eles tenham participado do crime. Fato que pode ser confirmado através das investigações. Com isso, eles podem ser indiciados.

A frieza dos suspeitos chamou a atenção dos policiais que trabalharam na reconstituição. O corpo da costureira foi carregado na moto Honda Factor, vermelha, placas HTH-9940 de Campo Grande. O corpo foi carregado por cerca de 3 Km pelos bairros Silvia Regina, Jardim Aeroporto, Jardim Itália e Vila Popular. Depois de cruzarem por essas localidades, entraram numa estrada de chão que fica em uma estrada que fica dentro da  Fazenda Embrapa, caminho para estrada da Pedreira. Logo após a entrada da sede, eles jogaram o corpo da jovem no matagal.

(Colaborou: Valquiria Oriqui)

 

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