O Conselho de Regulação do Serviço Público, órgão deliberativo da Agência de Regulação dos Serviços Públicos, nem chegou a colocar em apreciação a proposta de reajuste da tarifa do transporte coletivo do ano passado. “Só apresentaram para nós. Não foi sequer colocado em votação. Era uma noite de quinta-feira, quando chegou na segunda-feira da semana seguinte já saiu o decreto do prefeito reajustando a tarifa”, conta Aroldo Borralho, do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), entidade que integra o Conselho de Regulação junto com o Crea/MS, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Associação Comercial e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Ano passado Campo Grande ostentou a tarifa mais cara do Brasil, R$ 2,50. Pela primeira vez foi divulgada na Internet a planilha de custos, embora depois do reajuste já ter sido concedido.

Hoje, o Conselho vai se reunir novamente e na pauta está a análise do reajuste da tarifa de ônibus. Porém não está claro que o Conselho tenha a prerrogativa de aprovar ou não a tarifa, como acontece com os serviços de água e esgoto, por exemplo, que só pode sofrer reajuste com a chancela do órgão.