Para quem procura um livro curtinho para ler em apenas um ou dois dias, a Livraria da Folha sugere dez romances que têm no máximo 150 páginas. Abaixo, saiba mais sobre os títulos, que incluem a estreia de Contardo Calligaris na ficção e “Eu Sei que Vou Te Amar”, de Arnaldo Jabor.

“Ângelo”
Esta obra é o único romance escrito por um dos mais importantes cineastas italianos, Luchino Visconti, diretor de filmes como “O Leopardo”, “Morte em Veneza”, “Belíssima” e “Noites Brancas”. “Ângelo” é um livro inacabado, que os estudiosos do autor acreditam ter sido escrito entre 1930 e 1937, que conta a história de um menino pobre que chega à cidade italiana de Piacenza, na planície do rio Pó, e que aos poucos descobre que a vida lá é bastante diferente da de onde veio.

“Eu Sei que Vou Te Amar”
Este romance conta a história de um casal recém-separado, que marca um reencontro depois de três meses sem se ver. O cenário é o novo apartamento dele. A ansiedade e o estranhamento inicial manifestados em gestos contidos e frases pensadas vão, aos poucos, dando lugar a um turbilhão de emoções e palavras com alto poder destrutivo, mas renovador. Em busca de uma resposta para o que sentem, o homem e a mulher extravasam ressentimentos, ofensas, mágoas, enumeram dores e traições até chegarem a um estado de delírio que os coloca na beira do abismo.

“Meu Amor”
Primeiro livro de contos de Beatriz Bracher, reúne 18 narrativas breves da autora mais um poema, “My Love”, que encerra o volume e lhe empresta o título. Escritos e reescritos entre 2004 e 2008, os textos, à primeira vista muito díspares, são intimamente ligados por um olhar crítico e ao mesmo tempo amoroso sobre a fragilidade da vida no Brasil contemporâneo. Se o romance vence por pontos e o conto por nocaute, como queria o argentino Julio Cortázar, o livro vence das duas maneiras ao mesmo tempo. É que no jogo de encaixe e desencaixe desses contos se entremostra uma outra história: a do Brasil de hoje.

“O Conto do Amor”
Os laços de amor entre pai e filho, interrompidos com a morte do patriarca, a busca pelo sentido da vida após a lembrança de uma conversa entre estes dois personagens e a revelação de uma estranha experiência em um convento italiano. Esses são os ingredientes de “O Conto do Amor”, do psicanalista e colunista da Folha de S. Paulo Contardo Calligaris, estreia do autor no gênero ficção.

“O Gênio do Crime”
Este é o primeiro livro de uma série com os personagens que formam a chamada “Turma do Gordo”. A febre do momento para os garotos é comprar figurinhas de futebol para completar um álbum. Existem as fáceis, fabricadas em maior quantidade, e as difíceis, feitas em menor quantidade. Quem completa o álbum ganha prêmios muito bons. No entanto, a venda clandestina de figurinhas está fazendo com que o dono da fábrica não consiga pagar todos os prêmios e ele contrata um famoso detetive para descobrir quem são os traficantes de figurinhas.

“O Mistério das Aranhas Verdes”
A jovialidade de Anna Lee se une ao estilo precioso de Carlos Heitor Cony no enredo enigmático e moderno, urbano e contemporâneo de “O Mistério das Aranhas Verdes”. Em um romance peculiar de muito mistério, um hospital público trata seus pacientes de maneira muito suspeita, uma perna quebrada que, ao final, não estava tão quebrada assim e um encontro surpreendente na feira hippie de Ipanema são ingredientes de uma história irresistível. A heroína é Carol, uma jovem carioca de treze anos de idade, precoce e com uma incrível vocação para resolver tramas complicadas.

“Os Bêbados e os Sonâmbulos”
Ao descobrir que tem um tumor no cérebro, que mudará progressivamente sua personalidade, fazendo-o perder a identidade e a memória, um militar homossexual decide sair em busca de sua origem. Sobrevivente, ainda criança, de um acidente aéreo em que morreram o pai e o irmão, ele parte à procura da mulher que o teria salvado e, conforme avança nessa viagem, correndo contra o tempo e também contra o avanço do tumor em sua cabeça, vai se embrenhando cada vez mais num intrigante mistério, uma história de traições e imposturas, para acabar diante de uma revelação para ele inimaginável.

“Órfãos do Eldorado”
Numa cidade à beira do rio Amazonas, um passante vem procurar abrigo à sombra de um jatobá e, curioso, dispõe-se a ouvir um velho com fama de louco. É o que basta para Arminto Cordovil começar a contar a trama dos “Órfãos do Eldorado”: a história de seu próprio amor desesperado por Dinaura, mas também a crônica de uma família, de uma região e de toda uma época que, à base da seiva da seringueira, quis encarnar os sonhos seculares de um Eldorado amazônico.

“Reunião de Família”
Em uma linguagem sóbria e refinada, o leitor encontrará os conflitos familiares dramáticos diante de situações extremas que tanto fascinam a autora: incomunicabilidade e amor, solidão, morte, mistério e busca de sentido.

“Um Copo de Cólera”
Tensa e contundente, a linguagem deste livro alcança tal intensidade e vibração que faz desta narrativa uma obra singular da literatura brasileira, um clássico dos nossos tempos.

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