O município de Dourados conseguiu êxito no combate à Leishmaniose. No primeiro semestre deste ano nenhum caso em humano foi detectado e em cães foram registrados 22, segundo o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Entretanto, apesar dos bons números, preventivas necessárias precisam ser mantidas.

Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Rosana Alexandre da Silva, no geral “a população está atenta aos sintomas do animal, está ligando para o CCZ, pedindo e informações e o município também tem trabalhado e feito campanhas com freqüência”.

Os dados do Datasus (Banco de dados do Sistema Único de Saúde) demonstram que Mato Grosso do Sul está bem no combate a essa doença. A última pesquisa, realizada em 2005, mostra que a incidência de Leishmaniose era de 5,87 no Estado, enquanto o Acre possuía a taxa de 197,46. Por outro lado, há estados como o Rio Grande do Sul que conseguiram praticamente zerar o número de ocorrências dessa doença.

No RS a incidência foi de apenas 0,09. “Para melhorar ainda mais o porcentual do Estado é preciso que a população não acumule lixo e folhas em suas residências porque o inseto deposita os ovos nesses ambientes. Sempre manter a casa limpa é necessário para cuidar da saúde própria e da do animal”, explica Rosana.

Conforme a coordenadora do CCZ, quando o animal está doente os principais sintomas que aparecem são emagrecimento, crescimento das unhas, queda de pêlos e feridas que não cicatrizam. As pessoas que desconfiarem de algum caso de leishmaniose podem entrar em contato com o CCZ através dos telefones 0800 647 7752 ou 3411-7753.

O CCZ coleta o sangue do animal e encaminha para exame laboratorial. Além disso, o CCZ possui parcerias com as universidades, que fazem uma análise e ajudam a melhorar a saúde dos animais. “Aqui não fazemos nenhum tipo de tratamento, só as clínicas que fazem. Mas a população vem aqui e recebe encaminhamento para o atendimento gratuito, o que é muito importante, principalmente, para a população de baixa renda. O único trabalho que eles vão ter é com o deslocamento e quem gosta do seu animal de verdade cuida”, diz Rosana.

A leishmaniose é transmitida aos cães e ao homem pelo mosquito conhecido popularmente como “palha” e, cientificamente, por Lutzomyia longipalpis. Quando os animais são acometidos por essa doença, o Ministério da Saúde orienta que sejam sacrificados.