Com governador na cadeia, Amapá comemora 67 anos de divisão do Estado

Hoje (13) o Amapá chega aos 67 anos de desmembramento do Pará com poucos motivos para comemorar. O governador Pedro Paulo Dias (PP) está preso e com o nome no centro de um escândalo nacional, a ponto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que “bandido no Brasil, só não é preso se não […]

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Hoje (13) o Amapá chega aos 67 anos de desmembramento do Pará com poucos motivos para comemorar. O governador Pedro Paulo Dias (PP) está preso e com o nome no centro de um escândalo nacional, a ponto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que “bandido no Brasil, só não é preso se não for bandido”.

A declaração foi data ao portal G1 em Criciúma (SC). Segundo o presidente, “quando tem roubo a gente pega. Vocês viram o que aconteceu no Amapá. Só tem um jeito de um bandido não ser preso nesse País, é não ser bandido. Porque se for bandido e a gente descobrir, a gente pega”, disse.

Na visão de Lula, no atual governo a corrupção aparece mais, pois antes as denúncias não eram investigadas. “Houve um tempo que não era assim. Houve um tempo que era mais fácil levantar o tapete e jogar para baixo. Agora não.”

Depoimento

Jorge Amanajás (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado, disse que foi questionado pela Polícia Federal sobre a folha de pagamentos do órgão, sobre uma Fundação da qual participa e sobre dois grampos telefônicos feitos pela PF dentro da operação que prendeu o governador. Ele, que é candidato ao governo estadual, foi um dos 87 que teve de prestar depoimento à PF por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Operação “Mãos Limpas”

O governador foi preso durante a operação “Mãos limpas” e está sendo investigado por liderar uma quadrilha que fazia desvios de verbas estatais e federais. A investigação decorre de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem como relator o ministro José Otávio Noronha.

Na última sexta-feira (10) 600 policiais federais cumpriram no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de “condução coercitiva”, quando a pessoa é levada a força para prestar depoimento, e 94 mandados de busca e apreensão.

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