Se as urnas garantirem certas candidaturas que vêm por aí, nada será como antes na câmara alta do Legislativo: o Senado vai tremer! As últimas convenções confirmaram nomes que só de pronunciar são garantia de polêmica, espetáculos e berreiro da tribuna.

Com boas chances de passar com plena aprovação pelas urnas, vem aí Heloísa Helena, outra vez. Pelo PSOL, a alagoana tem larga experiência. Foi inesquecível para os ouvidos dos colegas sua passagem pelo senado, de 99 a 2007. Com ela, está de volta a vigilância implacável sobre o comportamento dos senadores e de integrantes do governo, e a oposição radical e combativa exercida no grito a partir da tribuna.

Também tem chances de integrar a bancada feminina na próxima legislatura a polêmica Marta Suplicy, com seu estilo peculiar de se comportar e de fazer política – ainda que as duas coisas às vezes se revelem incompatíveis. E já se cogita seu nome para líder da bancada petista, o que certamente garantiria noites de insônia para uma eventual presidenta Dilma.

Na ala dos polêmicos e temperamentais, o principal representante será, certamente, Itamar Franco. O ex-presidente da República, que já brigou com quase todo mundo na política, já engoma o topete: vai desembarcar no Senado, caso eleito, como socialista. Itamar agora é do PPS, de Roberto Freire, já que, como o pernambucano, é comunista desde criancinha.

Em matéria de temperamento imprevisível, Itamar só terá concorrência para Roberto Requião, cuja eleição está praticamente garantida pelo PMDB do Paraná. O ex-governador também é antídoto para monotonia na chamada “casa revisora”. E garantia de conflito instalado na bancada governista do PMDB – numa espécie de revezamento com Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon.

E por que não mais um pagodeiro e apresentador de televisão no nosso legislativo? Vem aí Netinho de Paula, senador pelo PCdoB – para atestar que comunista também gosta de samba. Resta saber se sambista entende de política e sabe legislar. Sem preconceito, pessoal!…