Com cassação de prefeito e vice, Dourados pode ter novas eleições já no começo de 2011
Se forem cassados ainda em 2010 quando faltarão dois anos para acabar os mandatos de Artuzi e de Cantor, município poderá ter novo pleito; na Câmara, vereadores sinalizam possível cassação
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Se forem cassados ainda em 2010 quando faltarão dois anos para acabar os mandatos de Artuzi e de Cantor, município poderá ter novo pleito; na Câmara, vereadores sinalizam possível cassação
Se realmente forem cassados o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (sem partido) e seu vice Carlos Roberto Assis Bernardes, o Carlinhos Cantor (PR), ainda em 2010, o município poderá passar por novas eleições. Na Câmara, vereadores sinalizam que as comissões processantes contra prefeito e vice devem culminar na cassação dos dois já no mês de novembro.
Contudo, os parlamentares já descartam a possibilidade de eleições diretas em 2010. Isso porque a comunicação tem de ser feita à Justiça Eleitoral com 45 dias de antecedência à possível data do pleito. Assim, as novas eleições aconteceriam apenas em 2011.
O fato de Artuzi ser cassado quando ainda faltarem dois anos para a conclusão do mandato de Artuzi que terminaria em 31 de dezembro de 2012 reforça a tese das eleições diretas em 2011, na opinião de vereadores.
Outra possibilidade é a própria Câmara escolher o prefeito como ocorre na situação atual. A vereadora Délia Razuk (PMDB) tomou posse do Poder Executivo após ser eleita presidente da Câmara do Município. Ela foi escolhida para o lugar de Sidlei Alves (DEM) que, após ser preso na Operação Uragano, renunciou abrindo espaço para novas eleições na Casa de Leis.
Aliás, por conta das eleições na Câmara, Dourados pode sofrer mudanças de comando ainda este ano. É que a eleição que escolheu Délia presidente só vale até a segunda quinzena de dezembro. Depois, a Casa tem que convocar novo pleito para a Mesa Diretora.
Além de Délia, apenas dois vereadores da Casa estão em condições de se eleger presidente da Câmara e em seguida assumir a prefeitura: Dirceu Lohghi (PT) e José Gino Ferreira (DEM). Os outros nove nomes da Casa são suplentes que entraram no lugar de vereadores afastados em decorrência das prisões na Operação Uragano.
A mesma operação deteve também Artuzi e Carlinhos Cantos. Artuzi está no Presídio Federal de Campo Grande e Cantor na Penitenciária Harry Amorim Costa em Dourados. Na sexta-feira (29), os dois foram notificados por vereadores da comissão processantes. Ambos têm 10 dias para apresentar defesa.
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