O Chile deve demorar entre seis meses e um ano para recuperar sua capacidade produtiva, afetada pelo terremoto de 8,8 graus de magnitude e o tsunami que atingiram o país no último sábado.

A previsão foi feita por analistas chilenos e por empresários de diferentes setores, com a ressalva de que alguns itens de produção, como o vinícola, poderiam demorar ainda mais.

Os especialistas acreditam que a recuperação será mais rápida agora do que em 1985, quando um terremoto de 7,8 graus de magnitude abalou ainda mais a economia chilena, que não tinha a solidez de agora.

Expansão –  Na sexta-feira, o ministro da Fazenda chileno, Andrés Velasco, anunciou que o crescimento econômico de janeiro tinha superado as expectativas, registrando expansão de 4,3% frente ao mesmo mês de 2009 e de pouco mais de 1% em comparação com dezembro do ano passado.

“O terremoto ocorreu num momento em que nossa economia se recuperava fortemente”, disse Velasco. Segundo ele, a economia chilena “está de pé, como confirmaram os números de janeiro”.

O ministro observou, porém, que agora é preciso ver os efeitos do desastre neste ritmo de crescimento. “Ainda é cedo para saber o quanto nossa economia foi atingida. Precisamos ver o que ocorrerá nos próximos meses”.

País com 16 milhões de habitantes, o Chile importa grande parte do que consome e os seus principais setores produtivos são: pesca, agricultura, celulose e vinhos, além de cobre.