Local seria usado pelos pequenos produtores que, sem ter onde negociar seus produtos, caem nas mãos dos atravessadores

Os pequenos produtores e agricultores familiares dos assentamentos de Dourados e dos municípios da região continuam sem um local definido para comercializar o que é produzido, pois o local adequado – a Central Regional de abastecimento – se transformou em um elefante branco. Enquanto isso, os agricultores sofrem com a ação dos atravessadores. Caso não queiram se submeter a isto, precisam vender nas ruas da cidade, transformando-se em ambulantes.

O secretário municipal de Agricultura da Prefeitura de Dourados, Maurício Peralta, responsável pela administração da Central Regional de Abastecimento, inagurada em 16 de dezembro de 2008, disse que atualmente está funcionando o Banco de Alimentos. “Naquela época a central foi construída ao contrário. Ao invés de se construir os barracões para armazenar a produção preferiram fazer primeiro o prédio que serviria apenas para a administração do órgão”, diz.

O secretário afirmou que a prefeitura está firmando convênios com o Ministério da Aquicultura e Pesca; com a Agraer e com a Cooperativa MS Peixe que para a utilização do prédio. Mauricio Peralta afirmou que do projeto da central foi construída apenas o prédio da administração. “Existe um amplo terreno que dará lugar aos barracões e a Prefeitura já esta lutando para conseguir recursos para isso”, explicou.

Em 2008 foram investidos R$ 450 mil para a construção da Central de Abastecimento dos quais R$ 260 mil foram liberados pelo Governo Federal. Na época da inauguração a prefeitura havia entregado um projeto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário no valor de R$ 2 milhões para concluir o restante das obras.

Apesar do secretário de Agricultura declarar que o prédio está sendo ocupado pelo Banco de Alimentos, apenas um vigia fica cuidando do local que sequer foi cercado. O matagal avança e o prédio começa a sofrer depredações.