Sueli Ferreira de Moura, 42 anos, voltou a se acorrentar para protestar contra a Igreja Universal do Reino de Deus que, segundo ela, estava fazendo uma verdadeira lavagem cerebral em seu filho T.A.S.F.M, de 17 anos. O adolescente era obreiro do templo, localizado na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande.

Da primeira vez a pensionista se acorrentou, há aproximadamente dois meses, em frente da igreja, na tentativa de reverter a dedicação do filho, apontada por ela como “fora do comum”.

O adolescente deixou de ser obreiro da igreja na semana passada, mas, mesmo assim, a mãe se acorrentou hoje de manhã, as 8h30, em frente ao Centro Integrado de Proteção à Criança e ao Adolescente Nelly Baís Martins, no Aero Rancho. Ela acusa uma conselheira tutelar, que também é membro da mesma igreja, de “sumir com as provas”, que ela entregou no Conselho Tutelar. A mãe também acusa que o Ministério Público de ter expedido um ofício pedindo arquivamento do pedido de providências contra o Conselho Tutelar.

Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e Adolescentes (Depca), Regina Márcia Mota, o inquérito não está concluído. A delegada disse que o inquérito está na delegacia.

Suely promete fazer greve de fome, caso a situação não seja revertida. Ela revela que uma pessoa está encarregada de trazer água e roupa de frio, se for necessário. Agora a pouco, um homem que trabalha na Depca tentou convencer a mãe a conversar com a delegada, mas ela se recusou. “Meu filho está estudando em período integral e nem sabe que estou aqui. Nem quero que ele dê entrevistas para a imprensa, porque ele é menor de idade”, finaliza.