Começou na manhã desta terça-feira (31) o julgamento de Holly Lee de Souza, um dos acusados de ter agredido até a morte Luiz Eduardo Martins Gonçalves, conhecido como Dudu, então com 10 anos.

Começou na manhã desta terça-feira (31) o julgamento de Holly Lee de Souza, um dos acusados de ter agredido até a morte Luiz Eduardo Martins Gonçalves, conhecido como Dudu, então com 10 anos. O crime aconteceu dia 22 de dezembro de 2007.

O julgamento transcorre na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. O caso teve grande repercussão social e ficou conhecido pela imprensa como “Caso Dudu”. O primeiro julgamento foi realizado em março deste ano e levou à condenação de José Aparecido Bispo da Silva a 26 anos de prisão.

Acusação
Na noite do dia 22 de dezembro de 2007, na avenida Rachel de Queiroz com a rua Damianópolis, no bairro Aero Rancho, o acusado Holly Lee de Souza e os adolescentes E. S., J. A. E. R. e J. T. S., agindo a mando de José Aparecido Bispo da Silva, teriam agredido Dudu a socos e pontapés, causando-lhe diversos ferimentos.

Em seguida, Holly e os três adolescentes teriam levado o menino até a residência do mandante, localizada no mesmo bairro. Eles entregaram a vítima a José Aparecido, que também a agrediu com socos e chutes. Em seguida, o garoto foi levado a um local conhecido como “mangal” ou “cemitério dos cachorros”, sofrendo mais agressões. O menino não resistiu à violência e morreu.

Os acusados teriam colocado a vítima em sacos plásticos e levaram até um terreno baldio. Passados alguns dias, retornaram ao local, desenterraram o corpo, cortaram em vários pedaços, inclusive os ossos e atearam fogo, antes de enterrar os restos mortais. O motivo seria José Aparecido querer se vingar da mãe do garoto, em razão do fim do relacionamento conjugal.

O pai de Holly Lee, Pedro José de Souza, 50 anos, disse que na época do crime seu filho fazia tratamento psiquiátrico e estava afastado do quartel. Ele acredita que Holly Lee não tem participação na morte de Dudu e que não tinha relações de amizade com José Aparecido.

Para o pai de Dudu, Roberto Gonçalves, o principal acusado do crime já foi condenado, mas ele poupa os adolescentes. “Eu não culpo os meninos, mas tudo isso é muito confuso. Agora quem tem que trabalhar nesse caso é somente a justiça, nem eu que sou o pai do Dudu e sofro mais com isso, posso acusar qualquer pessoa”.

Hoje à tarde, por volta das 15 horas, será liberada para a família a urna contendo os restos mortais de Dudu. O velório deve ser feito na casa da família, e o sepultamento está previsto para ocorrer no cemitério Memorial Park.